sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Anulalá
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Assembléia
A LUTA só começou - Em defesa da democracia
A existência de um projeto que vem para mudar radicalmente a estrutura da universidade pública, o REUNI, era desconhecida por muitos atores que deveriam estar conscientes a respeito de todas as implicações do programa. A "revolução" tão apregoada por Amaro não é clara o suficiente para ser aprovada. Partindo desse julgamento, ao dia 26 de outubro, estudantes se manifestaram à porta do Conselho Universitário, considerando-o ilegítimo pela falta de quórum mínimo(demos partida para a revogação do Conselho Universitário que aprovou o REUNI também pela via judicial).
O não-pagamento das bolsas foi um cruel instrumento utilizado para com os bolsistas e ocupantes. Os funcionários receberam seus salários e estudantes que dependem da gratificação foram seriamente atingidos pela falta de compromisso da reitoria para com o corpo discente da Universidade Federal de Pernambuco. Temos ciência de fato e nos solidarizamos com as vítimas do impasse. Por isso desde o dia 05/11/2007 nos dispomos a abrir a reitoria para a entrada do pessoal da folha de pagamento.
Centramos os nossos esforços na tentativa de impedir a implementação do REUNI, e isso não se deve apenas ao projeto maléfico que o REUNI tem para a educação pública, mas também à forma como o Governo Federal e as reitorias vem conduzindo a sua implantação. Não é à toa que estudantes de todo o país dizem não ao decreto do REUNI. Não é à toa que 15 reitorias estão ocupadas.
Aqui na UFPE, a "aprovação" do REUNI se deu via Conselho Universitário. O Conselho é um espaço restrito e que não garante a participação equivalente de estudantes, técnicos e professores. Mesmo com essa realidade, a reitoria ainda precisou afunilar ainda mais este espaço. Conselheiros não foram convocados em prazo hábil, que é de 48 horas. O reitor Amaro Lins aprovou o REUNI - pasmem - sem quórum de funcionamento. O REUNI passou com apenas 26 dos mais de 70 conselheiros, quando, no mínimo, teria que se contar com 30.
Optamos, em assembléia, pela retirada do prédio do prédio da Reitoria. Não pelas ameaças de utilização da força policial, punições administrativas e/ou processos judiciais - se assim fosse teríamos abandonado o prédio desde o primeiro dia - mas sim pelo esgotamento das tentativas de diálogo com a administração da Universidade e ppelas dificuldades financeiras que os bolsistas têm enfrentado diante da negativa da reitoria em efetuar o pagamento das bolsas.
Acreditamos na importância da ocupação do prédio da reitoria para visibilidade das ações nocivas do REUNI e consideramos este ato como um marco para o movimento estudantil na UFPE. Mas nos retiramos do prédio da reitoria conscientes de que as assembléias e mobilizações continuarão no campus, de que é preciso uma maior articulação.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Na bahia foi assim..
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Carta Pública à reitoria e toda Comunidade Acadêmica
Nós, estudantes ocupantes da reitoria da UFPE, apresentamos por meio desta o nosso posicionamento frente à proposta de acordo oferecida pelo Magnífico Reitor Amaro Lins em reunião com a Comissão de Negociação da Ocupação na última quinta-feira, 08/11/2007.
Considerando que:
1.Estamos nesse momento há 18 dias ocupando a reitoria da UFPE em protesto pela forma antidemocrática pela qual o REUNI foi implantado em nossa universidade;
2.Sempre estivemos abertos a negociação com a reitoria já que, apesar de nos posicionarmos contra o REUNI, a nossa principal reivindicação é que toda a comunidade acadêmica tenha a chance se
posicionar sobre ele em um Plebiscito Popular;
3.Nas negociações, o reitor e seus representantes infelizmente sempre se colocaram contra essa consulta em nossa opinião por medo de ter que acatar a posição da maioria dos estudantes, servidores e professores de nossa universidade;
4.Na última reunião colocamos como primeiro ponto a ser negociado o pagamento imediato dos estudantes bolsistas, tentando fazer com que a reitoria retrocedesse em sua posição da não efetuação desse pagamento desde o dia 05/11/2007, data em que decidimos abrir parcialmente a reitoria para que os (as) servidores (as) responsáveis pela folha de pagamento pudessem trabalhar normalmente, tendo suas integridades físicas e morais asseguradas por todos os ocupantes.
Resolvemos que:
1.A proposta de seis audiências públicas (quatro no Recife, uma em Caruaru e uma em Vitória) se iniciando no dia 19 de novembro não nos contempla pelos seguintes motivos: a) Nas audiências, a reitoria propõe que seja discutido o REUNI- UFPE e não o projeto do REUNI como reivindicamos. A discussão do projeto na UFPE além de ser limitada não garante um debate profundo sobre a natureza do REUNI e o modelo de universidade que queremos a partir da implantação ou não desse projeto; b) Como as audiências não terão um caráter deliberativo reivindicamos que após as audiências seja realizado um Conselho Universitário aberto, no Centro de Convenções – UFPE, em que os estudantes tenham direito a voz para discutir o REUNI; c) Esse Conselho deve se realizar até o fim desse período letivo e o Comitê da Ocupação deve ser informado desse conselho com pelo menos uma semana de antecedência; d) O calendário das audiências deve se adequar a necessidade desse conselho pós audiências.
2.Como a reitoria se recusa a realizar um Plebiscito Consultivo sobre o REUNI abdicamos desse ponto em negociação e declaramos que, pela importância que tem, vamos realizar o plebiscito na UFPE de forma independente.
3.Em relação às discussões sobre o modelo de gestão do Restaurante Universitário UFPE queremos que sejam feitos debates e não audiências em todos os centros da universidade com a presença de um membro da reitoria, um representante da Adufepe e do Sintufepe e um estudante indicado pelo Comitê de Ocupação. Além disso, queremos a garantia da formação de Grupos de Trabalho por centro, em que os Diretórios Acadêmicos tenham representação, para que, após esses debates, seja apresentada uma proposta de modelo de R.U formulada pela Comunidade Acadêmica. Essa proposta seria apresentada em no máximo 15 dias após a discussão nos centros, tendo em vista que já temos algum acumulo sobre o assunto.
Desde já queremos o compromisso da reitoria com o Preço Popular no R.U, a exemplo de algumas universidades do Nordeste como a Universidade Federal do Ceará em que o bandejão custa R$ 1,10 há dez anos.
Concordamos que a discussão sobre a reforma do Estatuto se inicie em 2008.1 e com o formato do debate proposto pela reitoria. Contudo, achamos necessário que a reitoria apresente desde já a data prevista para realização do congresso da UFPE em que poderemos de fato decidir sobre o modelo de democracia a ser implantado em nossa universidade.
Reafirmamos a necessidade de que não haja, em qualquer hipótese, punição aos ocupantes já o protesto foi desde o início pacífico e uma ação política e não criminosa protagonizada por estudantes da UFPE. No caso de qualquer possível problema sugerimos a formação de uma comissão de averiguação formada por ocupantes e representantes da reitoria.
Com esta proposta, acreditamos ser possível finalmente chegarmos a um acordo sobre o atendimento das pautas de ambas as partes. Mais uma vez, pedimos que o reitor efetue já o pagamento dos bolsistas já que eles não devem ser responsabilizados pelo impasse criado entre a reitoria e os ocupantes.
Ocupação da Reitoria UFPE
Agricultores se solidarizam à ocupação
Na visita, os trabalhadores prestaram solidariedade aos ocupantes, relembraram suas lutas cotidianas, fizeram falas e doaram alimentos produzidos no campo.
A unidade entre campo e cidade foi rememorada como imprescindível na luta contra os ataques impostos à sociedade. Um dos trabalhadores em sua fala: “O campo e a cidade precisam estar unidos, e, aqui, mostram mais uma vez sua força”.
Ainda, os agricultores lembraram o papel social que deveria cumprir a universidade, estando a serviço da população. Colocaram a necessidade da democratização do acesso, de ampliação de vagas, mas, reprovaram o Reuni como uma alternativa, frisando seu caráter extremamente prejudicial à educação pública. Questionaram também, a truculência do Reitor. “A sociedade está acompanhando, estão vendo a forma autoritária em como a Reitoria está tratando o assunto, sem querer discutir e ouvir os estudantes. O rumo da Universidade deve ser discutido e decidido amplamente”, comentou um agricultor.
Por último, doaram macaxeiras, alimentos produzidos no campo, por eles, e saudaram os manifestantes. Além disso, se dispuseram a estar presentes, junto com outros movimentos sociais, em um ato que se realizará na terça-feira (concentração na reitoria às 13h), em solidariedade á ocupação e em favor de um Plebiscito sobre o Reuni na UFPE.
domingo, 11 de novembro de 2007
AgendaOKupa
Manhã 10h
OkupaCentro - CCB
*Atividade simbólica nos centros da universidade*
Cineresistência - vídeos e animações sobre temáticas variadas
Oficina de cartaz
Assembléia dos estudantes
Feijoada-Por R.U a preço popular Reitoria ocupada 12h
Tarde 14h
OkupaCentro - CFCH e CE
*Panfletagem, atividades culturais*
Noite
Cineocupa 19h
*Viver a vida - Jean Luc Godard (1962)*
Visita da ocupação nas casas de estudante masculina e feminina
Terça-feira 13 de novembro
Manhã
09h Mobilizaçao CFCH
Tarde
12h Feijoada "Ninguém engole esse REUNI"
13h Concentracão para o ato público a favor da ocupação contra as medidas autoritárias do reitor Amaro Lins
Noite
20h Festa Ocupação
Medidas legais
Temos uma pauta política e sabemos o quão complidado é o entendimento acerca da necessidade de fazer com que ela ocorra, a dureza de extrapolar o senso comum para comunicar claramente interesses políticos e públicos, principalmente quando este é atravessado por questões tão delicadas como as necesssidade mínimas das pessoas (bolsas, salários). Estamos muitíssimo preocupados com isso, trata-se de vidas, as vezes do único modo de garanti-la. O movimento está aí para isso, para a vida pela melhora de suas condições, contra a sua banalização. A decisão quanto aos rumos da universidade deve ser sim amplamente discutida. O futuro a nós pertence e caso não arranquemos alegria à ele não mais veremos surgir em nosso horizonte qualquer rastro de esperança. Nossos motivos são justos, sérios e honestos. Por assim ser, o movimento decidiu recorrer também a instância legal (Ministério Público) para que através dele o Conselho Universitário realizado no dia 26 de outubro seja inviabilizado legalmente. Esperamos que assim como aconteceu em outros estados do país, onde a decisão de aderir ao REUNI também foi tomada da mesma forma autoritária e anti-democrática, os orgãos competentes compreendam o teor do evento e tomem a decisão favoravél ao nosso movimento.
Carta do Sintufepe ao Reitor
Magnífico Reitor,
Prof. Amaro Lins
O decreto do Reuni comprovou que a ofensiva da precarização na universidade pública é grande. Essa nova face da Reforma Universitária, o REUNI, deve ser entendida como uma grande ameaça ao papel da universidade pública que queremos ver consolidada neste país, que mesmo hoje, passando pelos problemas que tem passado, têm sido a principal responsável pela pesquisa científica nacional. Entendemos que o REUNI é extremamente danoso à qualidade do ensino, atrelando o recebimento de verbas à produtividade no mercado, sem uma discussão da manutenção da qualidade de ensino e deixando de lado a formação crítica dos estudantes. Além disto, o aumento de verba previsto não condiz com a expansão do número de vagas propostas sem uma estruturação adequada dos espaços físicos, assistência estudantil e a proporcional contratação de técnicos-administrativos e professores, o que por si só, gera a precarização do trabalho na universidade.
Ademais, tal decreto prevê a exigência de metas inatingíveis, tais como a taxa de conclusão média de 90%, o que nos faz lembrar o fracasso da política de progressão continuada instituída no ensino fundamental da rede pública, onde não há reprovação, mesmo quando o conhecimento não é assimilado pelo aluno. Em não havendo o cumprimento das metas pré-estabelecidas, os propalados “recursos financeiros” não seriam disponibilizados.
Some-se a tudo isto, o fato de que a Administração Central da UFPE, não promoveu o necessário debate com a Comunidade Universitária, culminando na adesão ao citado projeto de forma açodada, na seção do Conselho Universitário, realizado na tumultuada manhã da sexta-feira, 26 de outubro de 2007. Vale ressaltar que os CONSELHEIROS do Sintufepe, Cleiton José Cavalcanti e André Luiz, Coordenadores Gerais de nosso sindicato, não foram convocados para referida seção, o que, a nosso ver, tornam ilegítimas suas decisões.
Isto posto, propomos ao Magnífico Reitor e ao Conselho Universitário que inicie um amplo debate com a Comunidade Universitária da UFPE que pode culminar com uma consulta democrática plebiscitária, e uma posterior convocação do Conselho Universitário para um posicionamento à luz do plebiscito.
Esperando ser atendidos prontamente ao nosso pleito, ficamos no aguardo de resposta de Vossa Magnificência.
Diretoria Colegiada do Sintufepe/Seção UFPE
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Nota de Esclarecimento aos Estudantes Bolsistas da UFPE
Tentando resolver este problema, que avaliamos ter sido causado de forma proposital, possibiltamos, desde o dia 05 de novembro, a entrada dos funcionários responsáveis pela contabilidade e pelo pagamento das bolsas estudantis, e dos demais salários com o intuito de não prejudicar os estudantes bolsistas e demais trabalhadores da UFPE. No entanto, o Magnífico Reitor não concordou com esta abertura parcial de Reitoria, fazendo com que os funcionários se recusassem a trabalhar nessas condições.
Informamos ainda, que a integridade física e moral dessas pessoas estão garantidas, uma vez que nossa luta não é contra os funcionários nem tampouco contra os demais estudantes, mas contra a aprovação antidemocrática do REUNI.
Artigo sobre REUNI
“Se educação é direito, é preciso tomá-la no sentido profundo da sua origem (...) como o direito de todos de terem não só acesso ao conhecimento mas também à criação do conhecimento. Isso é decisivo para que outros direitos sejam criados e para que a sociedade se torne democrática. A educação formadora se realiza como trabalho do pensamento, para pensar e dizer o que ainda não foi pensado nem dito. Essa formação é civilizatória contra a violência social, econômica, política e cultural, porque age como criadora de novos direitos quando compreende que o pensamento é um trabalho e que o trabalho é a negação da realidade dada”. Marilena Chauí
A universidade pública brasileira, quase sempre lembrada em tempos de vestibulares como sinônimo de escola para as elites, vem percorrendo os veículos da grande imprensa, sobretudo a partir do decreto presidencial nº 6.096/07 de abril de 2007, o qual institui o REUNI. Os artigos jornalísticos referem-se, efusivamente, às melhorias que tal decreto propiciará à educação superior, sobretudo aos segmentos mais pauperizados da população. Mas, o que vem a ser o REUNI?
1) Tal decreto assenta-se em dois pilares básicos: a exigência de 90% de aprovação e o aumento do número de alunos por professor da ordem de 1 para 18. Estas metas deveriam não apenas orientar um conjunto de adaptações que cada unidade de ensino passaria a implementar, como também constituem parâmetros efetivos para a liberação de recursos. O argumento utilizado pelo MEC e, insistentemente repetido pelos gestores locais, refere-se à justa e necessária expansão do número de vagas nas universidades públicas, possibilitando o acesso de segmentos mais amplos da sociedade à educação superior gratuita. Aliás, esta tem sido uma bandeira histórica do movimento docente, cuja trajetória tem sido marcada por uma luta intermitente (da qual muitos já se cansaram) contra a privatização do ensino – expressa em nosso cotidiano em crescentes níveis de precarização das condições e das relações de trabalho – e por uma universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.
No entanto, a despeito da justeza do argumento, o que se propõe, de fato, é um “inchaço” das universidades e sua conversão em grandes “escolões”, bem ao estilo da maioria das unidades de ensino privadas, cuja ênfase encontra-se nas atividades de transmissão de conhecimentos, o chamado “aulismo”, com repercussões significativas, sobretudo para os cursos que dependem principalmente de professor, quadro e pincel para funcionarem, bem ao sabor das sucessivas políticas de contenção de gastos de que vimos sendo testemunhas ao longo de sucessivos anos. Resta esclarecer que a razão de 1 professor para treze alunos (média nacional atual) não significa ser este o número de alunos em sala de aula (visto que cada aluno tem várias disciplinas simultaneamente), além do que não estão contabilizadas as atividades de pesquisa, orientação e participação em bancas, atividades administrativas, supervisão das atividades de extensão, dentre outras. Neste sentido, quanto maior a proporção de alunos por professor, maior será a precariedade do ensino e a conseqüente redução da qualidade do mesmo.
A exigência de 90% de aprovação, considerada até mesmo por porta-vozes da reitoria da UFPE como uma meta “inatingível”, torna-se mais contraditória à medida que aumenta a proporção entre professores e alunos, posto que torna cada vez mais escassas as possibilidades de um atendimento mais individualizado e qualificado por parte do professor. O ANDES estima que a ampliação do ingresso, aliada ao aumento da taxa média de conclusão dos cursos de graduação poderá acarretar um aumento de 200% no número de matrículas – sem o correspondente aumento dos recursos – instituindo a aprovação automática nas universidades federais, cujo objetivo último é a melhoria dos índices a serem fornecidos às agências internacionais, a exemplo do que vem ocorrendo com o ensino fundamental e básico, de conseqüências largamente discutida pelos especialistas em educação no Brasil.
2) Como forma de atenuar possíveis tensões resultantes da “expansão” das universidades federais o MEC institui um banco de “professor-equivalente”, o qual possibilitará a substituição gradativa dos professores em regime de dedicação exclusiva por outros em regime de 20 horas ou 40 horas ou mesmo substitutos com 20 horas. Aqui encontra-se um verdadeiro atentado ao princípio da indissolubilidade entre ensino, pesquisa e extensão e o governo mostra suas reais intenções, visto que se tornaria cada vez menor o número de professores dedicados à pesquisa e à extensão: ganhando cerca de um terço do salário de um professor com dedicação exclusiva, ao professor equivalente com 20 horas caberia “tão somente” as atividades relacionadas ao ensino, reforçando a prática do “aulismo”, à qual já havíamos nos reportado, anteriormente. Se considerarmos que, atualmente, cerca de 30% dos cargos docentes nas universidades federais são ocupados por professores substitutos – o que já revela um acentuadíssimo grau de precariedade – aonde nos levará a implantação do banco de equivalentes?
3) Um dos argumentos mais tentadores, utilizados pelo governo para convencer à comunidade acadêmica e à sociedade, refere-se ao aumento de verbas para as universidades que aderirem ao REUNI. De fato, o governo promete um aumento de 20% nos seus orçamentos. No entanto, no mesmo decreto fica, então explicíto que a liberação dos recursos estará condicionada ao cumprimento das metas por um lado, e, por outro, à dotação orçamentária do Ministério, ou seja, para nada estão garantidos os recursos, ainda que as tais metas sejam cumpridas. Em tempos de sucessivos contingenciamentos, não é difícil supor o desfecho desta questão.
Sem dúvida, o REUNI aprofunda, dramaticamente, e consolida o fosso já existente entre as universidades “de ponta”, consolidadas, com cursos de pós-graduação bem conceituados (a maioria situadas no sul e sudeste) e as demais (cerca de 80%) que se converterão em grandes escolões, posto que o aumento do número de estudantes exigido só poderá ser alcançado, prescindindo-se da pesquisa. O tripé ensino/pesquisa e extensão, ainda que hoje se mantenha sob bases frágeis, constitui um fator decisivo para as avaliações das unidades de ensino superior no Brasil e representa um referencial importante para aqueles que lutam por uma universidade pública, gratuita, laica e de qualidade. O REUNI dá um passo decisivo para o desmantelamento do sistema e para as investidas do capital internacional que tem sinalizado, inclusive através da imprensa, a sua intenção em “contribuir” com o aprimoramento das universidades públicas brasileiras. Este caminho já é de todos nós conhecido. A Ditadura militar seguiu essa mesma trilha, ao sucatear o ensino fundamental e o médio, abrindo larga avenida para o ingresso do ensino privado, tido como sinônimo de qualidade e excelência, enquanto à grande maioria da população foram destinadas as escolas públicas, deficientes e incapazes de cumprir a sua função social: preparar sujeitos críticos, aptos a recriarem permanentemente a vida em sociedade e a contribuírem para o aprimoramento do gênero humano. O governo Lula, culpabiliza a universidade pública pelas crônicas deficiências do ensino público fundamental e médio, acusando-a de elitista. Para sanar as distorções com as quais o ensino universitário se depara, o caminho escolhido foi a cisão do ensino superior público, aprofundando o fosso entre o lugar dos ricos, os centros de excelência e o dos pobres: os grandes centros de formação aligeirada.
A lógica neoliberal no trato com os investimentos sociais não deixa dúvidas.Em tempos de contra-reforma do Estado e de privatização dos serviços sociais, o gasto por estudante na educação superior encolheu entre 1995 e 2002 para 88% do
valor anterior, em contraste marcante com outros países. Estes dados desmentem frontalmente as campanhas que têm afirmado que o Brasil
investe muito na sua educação superior. Ao contrário, no Brasil, o investimento em educação apenas 4% do PIB, sendo, aproximadamente 20%
destinados à educação superior. Na verdade, o país investe muito
pouco em educação, e em particular na educação superior.
Os veículos de comunicação, inclusive os da própria UFPE, têm feito questão de ressaltar o caráter progressista e democrático do REUNI. Cá me pergunto: como falar de democracia quando o governo federal institui uma reforma universitária com conseqüências de peso para o ensino superior no Brasil nas próximas décadas através de decreto? Onde está a democracia quando as discussões sobre o decreto no âmbito da estrutura universitária (Centros e Departamentos) tiveram o caráter de aprovação de projetos locais a serem implementados com recursos do REUNI, sem que se considerasse a natureza e o significado deste decreto para a Universidade? ´Por que a pressa em aprovar em primeira chamada a adesão da UFPE, a despeito do indiscutível desconhecimento, por parte da comunidade universitária, sobre o REUNI e seus desdobramentos para a universidade pública? Penso que se faz urgente uma agenda de discussões e a exigência de posicionamento do conjunto da comunidade acadêmica, através de uma ampla consulta que oriente as decisões sobre os nossos rumos futuros.
Por fim, os jargões de “truculência”, “intransigência”, “corporativismos” que tão fartamente têm sido atribuídos àqueles que se opõem ao REUNI portam o odor execrável dos tempos da ditadura e a profunda dificuldade das classes dominantes brasileiras e de seus intelectuais de conviverem com a diversidade de pensamento, com o confronto político, reafirmando, assim, a tradição positivista na formação brasileira, a qual confere à nossa intelectualidade um traço da efemeridade e de impaciência no trato com as questões teórica e políticas. Como bem nos lembra Leandro Konder, é consolidação de um Estado coercitivo, refratário às divergências, que acabou por sedimentar uma cultura de intolerância e de restrição ao exercício intelectual, fazendo predominar o pragmatismo e a “lógica da destrutividade da polêmica”, contaminando, inclusive a própria esquerda.
Maria das Graças e Silva
Assistente Social e Professora da UFPE
Programação da Ocupação
8:00- Mobilização e panfletagem nos Centros da Universidade.
14:00- Ato no pátio da reitoria contra o autoritarismo da implementação do REUNI e em favor da ocupação da UFPE entidades que participarão:
(Adufepe,Conlutas,Sintect,Simpere,Sindufepe,MTL,DCE-Rural)
19:00 Apresentações de bandas
20:00 CinEOkUPA (auditorio da reitoria)
Desafio dir. Paulo Cesar Saranceni
Sexta 09/11
8:00- Mobilização e panfletagem nos Centros da Universidade.
13:00- Aulão sobre o plano de desenvolvimento da educação e o REUNI.
16:00- Exibição dos curtas feitos nas ocupações do Brasil
CineOkupa (auditorio da reitoria)
A Revolução não será televisionada dir Kim Bartley e Donnacha O’Briain
comissão de comunicação da reitoria ocupada
Sobre 06/11
Ontem foi mesmo um dia ao seu modo mudo.
Estivemos o tempo todo temerosos da possivel ocupação e passamos o dia nos preparamos moral e materialmente para o indesejoso evento. Ainda bem que não rolou nada além de boatos de todos os lados. A noite os estudantes se reuniram em assembléia e decidiram manter o posicionamento de luta contra o REUNI e reinvidicação de um plebiscito popular sobre a questão. Também foi mantida a posição de ABRIR A REITORIA PARCIALMENTE PARA FUNCIONÁRIOS DO SETOR FINANCEIRO RESPOSNSÁVEL PELAS BOLSAS.
Continuamos na luta e ocupando a reitoria.
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Afinal, o que é REUNI?
O seu objetivo, segundo o art. 1º do decreto é: "criar condições para a ampliação do acesso e permanência na educação superior, no nível da graduação, pelo melhor aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos existentes nas Universidades Federais" com um acréscimo de 20% ao orçamento total destinado às Instituições. A adesão ao programa, que durará cinco anos a começar em 2008, é voluntária.
Ora, então qual o problema com o REUNI?
De fato, os objetivos do REUNI são nobres, o problema são os meios que ele faz uso para atingir suas metas, meios que comprometem a qualidade do ensino superior. Em linhas gerais, o projeto almeja a elevação de uma média de conclusão de graduação para 90%, do aumento da relação aluno/professor (RAP) de 18 para 1, com um incremento orçamentário de R$ 2 bilhões (os 20%), tudo isso ao final de 5 anos.
E como isso comprometerá a qualidade do ensino?
Vamos começar pela parte mais chamativa: o dinheiro. As Universidades, para aderirem ao REUNI, devem enviar ao MEC seus projetos de expansão e reestruturação - criação de novos cursos, abertura de mais vagas, etc. É para essa demanda crescente que vem este dinheiro. Aprovado seu projeto, a Universidade deverá ir alcançando metas gradualmente; da mesma forma, a liberação de verba também é gradual, ao fim dos 5 anos. Só que...
"O atendimento dos planos é condicionado à capacidade orçamentária e operacional do Ministério da Educação." (decreto 6096, art. 3º, parágrafo 3º)
Ou seja, a aprovação do projeto pelo MEC não quer dizer que é garantida a liberação do dinheiro pois há o risco desta verba não caber no orçamento do Ministério, que é feito anualmente. Além disso, se o REUNI inicia em 2008 e tem duração de 5 anos, é bom lembrar que o governo Lula só vai até 2010, quer dizer, a conta de 2 anos recairá sobre o governo seguinte! A pergunta que fica é: qual será a solução para uma Universidade que abrir 5 novos cursos e tiver, depois de passados 2 anos, sua verba cortada?
Como se não bastasse isso, os 2 bilhões são para TODOS OS 5 ANOS DO PROGRAMA E PARA TODAS AS UNIVERSIDADES QUE ADERIREM. Isso significa que esse dinheiro não sofrerá reposição mesmo com as oscilações da inflação; ela será estática.
E quanto às metas de 18 estudantes para um professor e 90% de aprovação?
Primeiramente, é importante que se deixe claro: entre todos os Países do mundo, apenas o Japão - país de contexto sócio-cultural bem distinto do nosso - possui uma taxa de diplomação nesse patamar. No Brasil, segundo dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais),órgão vinculado ao MEC, de 2005, a taxa de conclusão é em torno de 60% nas Universidades. Além disso, o cálculo dessa taxa, segundo as Diretrizes Gerais do REUNI, é feito dividindo-se o número de estudantes diplomados num determinado ano pelo número de alunos ingressantes 5 anos atrás. Mas, peraí... A maioria das graduações dura 4 anos!! É importante frisar que o REUNI não especifica como a Universidade deverá alcançar essa taxa. Corre-se o risco de uma maquiagem de números através dos já conhecidos malabarismos estatísticos que não condizem com a realidade ou da famosa aprovação continuada do aluno.
Quanto ao cálculo da relação professor/aluno, esta também apresenta problemas, pois, segundo as Diretrizes Gerais, há um desconto dos professores da pós-graduação. Porém, muitos professores que atuam na pós-graduação também dão aulas na graduação. Isso foi feito para que as relações atuais não fossem muito distantes da relação 18 para 1 pretendida, afinal, assim se tem menos professores para dividir pela mesma quantidade de alunos. E os problemas não param por aí...
Convém lembrar que segundo o artigo 107 da Constituição, as Universidades Federais estão baseadas no tripé indissociável ENSINO-PESQUISA-EXTENSÃO. Logo, dar aula não é a única ocupação de um professor universitário. Além do mais, este quocientenão significa que o professor vai atender a 18 alunos. As salas de aula têm muito mais discentes que esta quantidade, fora os alunos que são orientados na Iniciação Científica, nos Mestrados e Doutorados. Assim, elevar a razão professor/aluno significa elevar o número de estudantes, e, consequentemente, sobrecarregar ainda mais o professor.
O que acontece se as metas não forem atingidas?
O acompanhamento das metas do REUNI é gradual, como também é gradual o repasse da verba. O MEC designará umna equipe técnica responsável por sua avaliação. Se a equipe julgar que as metas, naquele ano, não foram atingidas, a verba é cortada! A Universidade terá em mãos uma série de projetos a mais formulados pelos alunos extras para levar adiante, mas não terá o investimento para isso.
Outro ponto que deve ser discutido é em relação à autonomia da Universidade, prevista no artigo 207, pois o REUNI pretende condicionar o recebimento de verba ao cumprimento dessas metas (duvidosas, aliás) estipuladas pelo governo.
Quem decide sobre a adesão ao REUNI?
O Conselho Universitário, instância máxima de deliberação em uma Universidade. A questão é: o governo estipulou até 29 de outubro a adesão das Instituições que desejam iniciar no programa em 2008, só que aqui, na UFPE, as medidas estão sendo tomadas à revelia dos estudantes, impostas de cima para baixo! Você viu por aí alguma iniciativa da Reitoria em debater o REUNI com a comunidade? Em dizer do que se trata? O que você acha da implantação de um programa que afetará diretamente sua vida universitária sem ser consultado?
Em suma, o REUNI vem com um discurso de melhorias nas Universidades Federais, porém:
* congela a verba por 5 anos,
* não garante o recebimento desta verba,
* estipula um aumento maior da estrutura da Universidade do que a verba pode cobrir,
* estimula a superlotação de salas e sobrecarga de professores através do cumprimento de suas metas duvidosas
* privilegia a quantidade de formandos ao invés da qualidade de ensino,
* quebra o tripé ensino-pesquisa-extensão e a autonomia universitária.
FÓRUM DE MOBILIZAÇÃO DE COMBATE AO REUNI
O que nos é imposto, por nós será deposto!
Reitor ordena mandado de reintegração de posse ser cumprido
Atentos e fortes
O reitor Amaro Lins em mais uma medida antidemocrática declarou hoje pela manhã que fará ser cumprido o mandato de reintegração de posse através da força policial.
Isso significa que mais uma vez o reitor está afirmando seu posicionamento irredutível quanto a discussão da decisão tomada no conselho universitário de aprovação do REUNI. Os estudantes decidiram em assembléia abrir a reitoria apenas para os funcionários responsáveis pelos pagamentos, e enviaram uma contra proposta através da comissão de mediação(OAB, CREA,CREE). Nesta estavam inclusas plebiscitos a serem realizados em conjunto com as audiências públicas sobre o tema, oferecidas pelo reitor em sua proposta.
O argumento justo dos alunos e entidades que apoiam o movimento ADUFEPE, Sintufepe parece ter sido ignorado pelo reitor que preferiu o uso da força policial em vez do diálogo. Por isso a comissão de comunicação da reitoria ocupada pede a todos que se mobilizempara lá agora!!
domingo, 4 de novembro de 2007
Coletiva com a Impressa
Mais um dia de ocupação
O sábado foi um dia decisivo para a ocupação.Os animos e energias concentradas nestes dez dias de reitoria ocupada tiveram que ser canalizados para a decisão de acatar ou não a proposta colocada pela comissão de mediadores ( CREA, OAB-PE,CREE)de desocuparmos o prédio em troca de audiências públicas sobre o REUNI.
Os estudantes reunidos em assembleia exaustiva e enfezada discutiram a proposta e a maioria dos presentes preferiu formular uma contraproposta para ser oferecida à Amaro Lins. Esta construida a partir da incapacidade de deliberação próprio de audiências pública, sugeriu outros enaminhamentos a serem realizados conjuntamente com as audiencias. Entre eles colocou-se a necessidade de realização um plebiscito universal acerca da adesão ou não da UFPE ao REUNI. Esta atitude mostra mais uma vez o caráter político da ocupação da reitoria.E vem tornar clara a intenção principal do movimento de revogação da decisão favorável ao REUNI tomada no conselho universitário do último dia 26. Os ocupantes tomam esta posição por considera-lo um projeto inconsistente, inviavel, além de por em risco a qualidade e função da já abalada Universidade;o ensino a pesquisa e a extensão.
Comissão de Comunicação da reitoria Ocupada.
sábado, 3 de novembro de 2007
O estudante quer saber:
(Contextualizando: a festa de posse do reitor foi cancelada na última hora, logo devem ter sido preparados os comes)
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Esclarecimento ao Jornal do Commercio
A matéria trata do possível cumprimento da reintegração de posse do prédio da reitoria em resposta a suposta postura irredutível dos estudantes em negociar. É preciso tornar claro que nossa postura é de permanecer abertos ao dialogo. Em conversa ontem com os representantes das entidades (OAB-PE, CREA-PE, Conselho Regional de Economia) que voluntariamente se propuseram a intermediar as negociações, foi apresentada aos estudantes que ocupam a reitoria uma proposta de realização de uma audiência pública a fim de discutir o projeto do REUNI em troca da desocupação do prédio. O caráter das audiências públicas oferecidas, sem a revogação da decisão tomada no Conselho Universitário é quase nulo tendo em vista que elas não possuirão poder deliberativo. Mesmo com esta restrição nos propusemos a discutir em assembléia esses termos postos. Por isso fica complicado o tratamento da questão como algo acabado, como foi colocado na matéria acusando-nos irredutíveis.
Foi dito que a “UFPE poderá receber até R$ 221,5 milhões”. Na realidade, o valor aplicado está vinculado a uma verba fixa do MEC que de acordo com os termos do decreto serão viabilizados até 20% no orçamento paras as universidades federais. O documento de Diretrizes Gerais, afirma ser este valor da ordem de R$ 2 bilhões para todo Brasil. E, de acordo com o art.3 §1º, estes recursos extras são para todos os cinco anos, ou seja, a verba é fixa, logo ficará defasada ao longo do tempo, sobretudo por causa da inflação. Ainda está vinculado ao cumprimento das metas estabelecidas pelo mesmo decreto e que serão oferecidas de acordo com o ranqueamento entre as universidades federais. Com isto posto, fica claro que não procedem os dados oferecidos pela reportagem, quais sejam que o MEC vai destinar cerca de R$ 7,2 bilhões e que serão destinados R$ 221,5 milhões para UFPE – na realidade, caso sejam oferecidas verbas, elas se submeterão a um teto de aproximadamente R$ 22,5 milhões.
Por fim, o reitor Amaro Lins afirma: “... vamos acionar os órgãos competentes para que a medida judicial seja cumprida. Esse será nosso encaminhamento prioritário” A que “órgãos competentes” o reitor se refere? Consideramos esta uma afirmação evasiva, abrindo brechas a uma possível banalização da violência contra os estudantes, que aqui estão ocupando a reitoria por um motivo político claro, abertos ao dialogo e dispostos a contribuir na construção de um amplo debate na universidade a respeito do REUNI.
Agenda do fim-de-semana
9h - Oficina de Tapioca (Transmitida pela nossa Rádio Ocupa UFPE 88,1 MHz) ;
Exibição do Filme: "Paz e Rosas"
14h - Debate a respeito da ocupação e suas implicações, rumos e metas.
18h - Atividades culturais.
domingo (04/10) :
9h - Oficina de Artesanato / Exibição do Filme: "Terra para Rose"
18h - Apresentação da banda "Casas Populares BR-232"
Compareça à Reitoria, se informe, critique e opine. A participação de todos é importante!
Ocupe a Reitoria dentro de você!!
Agradecimentos
Chegaram aqui com uma grande quantidade de pessoas, desde bebês de colo até senhores de idade, conheceram as nossas instalações, conversaram conosco, e nos animaram. Em suma, fizeram desse movimento um lugar mais agradável, democrático e deflagraram como nossa ocupação está verdadeiramente ligada a sociedade civil em geral.
Grupos assim serão sempre bem vindos.
Sétimo dia de Ocupação...
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Sexto dia de Ocupação...
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Reitoria quebra acordo e tenta desqualificar luta contra o Reuni
A decisão dos estudantes fez com que a reitoria recuasse duas vezes até o momento, suspendendo as atividades no prédio e desmarcando a solenidade de recondução do reitor Amaro Lins ao seu cargo. A administração da reitoria da UFPE vem tentando desqualificar a ocupação pacífica dos estudantes chamando-os de invasores e afirmando que os manifestantes ameaçam a “integridade” dos convidados da solenidade de posse.
Os estudantes que agora ocupam a reitoria da UFPE esperam que a sociedade compreenda a tentativa do reitor Amaro Lins de desqualificar o movimento para, assim, poder utilizar o aparelho repressivo contra os estudantes. A afirmação por parte da reitoria de que houve quebra de acordo é uma forma da administração tentar se livrar do outro compromisso firmado com os ocupantes de que não utilizaria da violência para dar fim ao impasse.
Comunicado à comunidade acadêmica da UFPE
Tendo em vista a impossibilidade de um diálogo construtivo com o magnífico Reitor Amaro Lins, em assembléia geral, os estudantes do movimento de ocupação da reitoria optaram por fechar o acesso à Reitoria a fim de forçar uma negociação com as estâncias máximas de representação da Universidade. Insistimos que o Reuni deve ser discutido com todos da UFPE - estudantes, professores e servidores - e a organização de um plebiscito é a forma mais democrática de se realizar tal processo. Não vamos permitir que um Conselho Universitário, organizado em condições que fogem as regras tratadas em estatuto, delibere autoritariamente sem nem mesmo informar adequadamente a comunidade acadêmica.
O Movimento de ocupação da reitoria é um movimento pacífico, na sua maioria formado por estudantes e com apoio de várias instituições, professores e servidores. É pacificamente que estamos reivindicando os nossos direitos estabelecidos pelo estatuto da Universidade. É grande o nosso temor que mais uma vez medidas violentas e drásticas sejam tomadas contra o nosso movimento, por isso pedimos atenção a todas as instâncias representativas entre elas os meios de comunicação para dizer que estaremos abertos ao diálogo
Até a revogação do Conselho Universitário realizado de forma escusa no dia 26 de outubro e implementação de um plebiscito que contemple toda a comunidade acadêmica sobre a aceitação ou não aceitação do REUNI, o prédio da Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco permanecerá trancado.
Comissão de comunicação da reitoria ocupada da UFPE.
Ocupar, Resistir, Transmitir - Rádio Livre OCUPA UFPE FM 88,1 MHz
Quinto Dia de ocupação
O dia amanheceu com as manchetes dos principais jornais locais colocando o REUNI de maneira parcial e superficial, mostrando apenas um lado do projeto a ser enviado pelo reitor ao MEC – o que promete maravilhas para a Universidade – ignorando, dessa forma, todos os riscos e impossibilidades envolvidas, as quais criticamos. Em contrapartida, os esforços por uma mídia independente continuaram, e a Rádio Ocupa UFPE, FM 88.1 esteve em funcionamento.
Na reitoria, o dia foi de Cultura e de Fortalecimento do Grupo, e do pensar enquanto grupo. Pela manhã, houve a assembléia que traçou um cronograma de atividades e o esboço da estratégia que será seguida nos próximos dias, estratégia essa concluída agora à noite.
A tarde foi marcada por mobilizações em algumas salas de aula em diversos centros e por Oficinas de Arte para a ocupação – que foram desde cartazes até “caracterização de estátuas”. A noite contou com o clima de malabaristas e músicos da própria ocupação, que antecederam a última assembléia.
Cada vez mais, apesar de antigas divergências entre diversos grupos – e apesar do acontecido hoje, tratado no post anterior – a ocupação se fortalece e fortalece sua unidade, iniciando a quarta-feira chamando mais estudantes para unirem-se, num dos dias mais corridos da ocupação.
Nota de Repúdio ao ato do Movimento Correnteza
Em assembléia geral realizada no dia 31 de outubro, os estudantes do movimento Ocupa UFPE lançaram uma moção de repúdio contra atos do Movimento Correnteza: integrantes do referido coletivo tentaram não só em jornais de própria autoria, mas também em jornais da grande mídia, se portar como líderes dos protestos que resultaram na tomada do prédio da reitoria.
No Jornal da CORRENTEZA, edição de outubro de 2007, o coletivo publicou: “Thiago Santos, estudante de Ciências Sociais, militante da União da Juventude Rebelião e candidato ao DCE pela chapa CORRENTEZA, foi preso, espancado e levado para Delegacia da Polícia Federal, onde ficou o dia inteiro sem comer e depois foi processado na Justiça Federal por desacato a autoridade. Em reposta, estudantes ocuparam a Reitoria de onde manifestaram a solidariedade ao colega injustiçado e a ocupação permanece até que o REUNI seja revogado”. A interpretação da assembléia foi a de que tal publicação é mentirosa: a ocupação da Reitoria da UFPE deu-se pela tentativa do Reitor Amaro Lins em aprovar o REUNI sem consultar a comunidade acadêmica, e não pela prisão do citado estudante. Na matéria, ainda é estampada uma foto em que integrantes da Correnteza exibem uma faixa dando apoio ao líder de seu coletivo. A faixa é exibida em meio a estudantes que na verdade comemoravam a vitória de fazer com que o Reitor viesse À ocupação e participar de uma assembléia; texto e imagem formam uma tentativa clara de manipular os leitores com inverdades.
Outro ato repudiado por estudantes do Ocupa UFPE diz respeito a uma matéria publicada no Jornal do Comércio em 27 de outubro de 2007. O mesmo Thiago Santos se apresenta em entrevista como líder do movimento de ocupação da UFPE: “... De acordo com Thiago de Oliveira Santos, 22, que lidera o protesto... O protesto do movimento Correnteza, como são denominados, é contra os aumentos do número de vagas e da taxa de aprovação previstos pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, o Reuni.”.
Mais uma vez, os estudantes do Ocupa UFPE vem esclarecer que a ocupação da reitoria não tem um líder instituído, muito menos coletivo que tome a frente das decisões. As deliberações que dizem respeito ao conjunto de estudantes que ocupam o prédio da reitoria são tiradas em assembléia em que todos têm direito de voz e voto.
Algumas notícias clipadas:
26.10.07
Manifestação de estudantes ocupa reitoria da UFPE
JC online — Pernambuco — 26.10.2007 09h44
Estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ocupam, na manhã desta sexta-feira (26), a Reitoria da instituição para ato em protesto contra o Plano de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, o Reuni. De acordo com a organização, cerca de 200 estudantes se encontram no local, em situação de conflito com a polícia. Um deles, ainda não identificado, foi preso. Protestos semelhantes ocorreram nas universidades federais de do Paraná (UFPR), Rio de Janeiro (UFRJ), Fluminense (UFF), São Paulo (UNIFESP) e Bahia (UFBA). …
Estudantes invadem reitoria da Universidade Federal de Pernambuco
da Agência Folha, em Recife — 26/10/2007 22h22
Cerca de cem estudantes invadiram nesta sexta-feira o prédio da reitoria da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), em Recife, para tentar impedir reunião do Conselho Universitário sobre o Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais). Houve confronto com seguranças e um aluno foi detido. …
27.10.07
Estudantes continuam acampados na reitoria da UFPE
JC Online — Recife — 27.10.2007 09h52
Já dura mais de 25 horas a ocupação dos estudantes na reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Zona Oeste do Recife. O grupo, formado por cerca de 100 alunos, realiza assembléia desde às 8h deste sábado (27) para discutir a pauta de reivindicação e próximo passo do movimento. De acordo com Thiago de Oliveira Santos, 22, que lidera o protesto e chegou a ser detido nessa sexta por desacato à autoridade, a noite foi tensa já que o grupo teria recebido ameaça de ser expulso do local pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar. …
fonte : http://movebr.wikidot.com/especiais:2007:out:ocupacao:ufpe
Comentários de nossa redação: Thiago de Oliveira Santos não é lider do OCUPA UFPE. O movimento de ocupação do prédio da Reitoria da UFPE busca ao máximo a horizontaliade. Todos os estudantes, que participem ou não do movimento tem direito a voz e voto; todas as propostas são votadas em assembléia, prevalecendo a vontade da maioria.
29/10/2007 08h50 UFPE
Estudantes queixam-se de falta de diálogo no Reuni
Os estudantes universitários continua nesta segunda-feira a ocupação da sede da reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), iniciada na última sexta-feira. O grupo, formado por cerca de 200 pessoas, resolveu aderir aos protestos nacionais contra o Plano de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), do Ministério da Educação (MEC) e montar acampamento no local. Enquanto isso, logo mais às 1h, o reitor da UFPE, professor Amaro Lins, deve anunciar o teor do projeto. Na reitoria, uma aluna, da comissão de comunicação do protesto, e que preferiu não se identificar, queixou-se da falta de diálogo: “Queremos uma conversa sobre a pauta do Reuni. Não houve diálogo entre a reitoria, os professores e estudantes. Queremos explicações e ver implementada alguma reivindicação nossa”, avaliou. Na última sexta-feira, durante a manifestação, o estudante de ciências sociais Tiago Pereira, de 20 anos, foi detido pela Polícia Federal por denúncias de desacato à autoridade e racismo. "Não podemos permitir a aprovação do Reuni sem haver diálogo com os alunos. Sem falar que não há previsão de ampliação no quadro de professores para sustentar a meta de aumentar o número de vagas na UFPE", explicou um dos líderes do movimento, o estudante Rafael Sena, do curso de história. Através de nota oficial, o reitor Amaro Lins informou que o Conselho Universitário já aprovou o projeto da UFPE que será incorporado ao Reuni. Segundo o texto, o Plano vai possibilitar a "melhoria da assistência estudantil com, por exemplo, a elevação do número de bolsas para os alunos carentes e construção de restaurante universitário nos campi do interior". Da Redação do PERNAMBUCO.COM, com informações do Diario de Pernambuco
Fonte: http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20071029085039&assunto=23&onde=1
reuni
PSTU, PSOL e PCR aparelham ocupação e estudantes independentes abandonam reitoria
Como já era esperado, já que nenhuma liderança forte estava na ocupação da reitoria, o PSTU, PSOL e o PCR aparelharam a ocupação da reitoria e muitos estudantes de grupos independentes abandonaram a ocupação.
Isso de certa forma era esperado, já que não existe vácuo de poder. Quando existe alguém toma. Essa conversa de movimento horizontal não existe.
Agora estarão reunidos com o reitor Amaro Lins, e receberão um “até logo” como resposta ao pedido de anulação da aprovação do REUNI na UFPE. Cada um com seu papel.
Já tínhamos alertado aqui sobre o que aconteceria. Depois de ter achincalhado a imprensa no sábado, e de acreditar que só quem dizia a verdade eram eles.
Tinham razão quando reclamaram que as manchetes dos jornais no sábado estavam distorcidas, mas perderam a razão na forma de reclamar.
Um fato interessante, que merece registro e um elogio.
Apesar da péssima comunicação com a imprensa, duas iniciativas interessantes foram adotadas: a criação de um blog, e uma rádio independente para se comunicar.
O único erro é achar que só isso resolve, e que a mídia é toda burguesa. Se quiser ganhar a opinião pública, precisa ampliar, e não restringir.
Autor: Pierre Lucena - 29/10/07 às 10:00
Fonte: http://acertodecontas.blog.br/atualidades/pstu-psol-e-pcr-aparelham-ocupao-e-estudantes-independentes-abandonam-reitoria/
Comentário de nossa Redação: o jorlista realizador desta matéria não está bem informado sobre o movimento. O OCUPA UFPE é também sim integrado as forças citadas acima, mas a grande maioria dos estudantes nem mesmo participam de coletivos com fins de eleições no campo estudantil.
reuni
Diretor do CCSA da UFPE pede a reitor que convoque Conselho para adiar envio de proposta do REUNI
Os estudantes que são contra o REUNI ganharam um aliado de peso para adiarem para o ano que vem a proposta a ser apresentada pelo MEC: o Diretor do CCSA, que foi candidato a reitor nas últimas eleições, e também membro do Conselho Universitário, Sérgio Alves.
Sérgio acaba de me encaminhar uma carta à Comunidade Acadêmica, em que pede ao reitor que evite o atropelo que o processo gerou, pedindo o adiamento, para maiores discussões.
Duvido que Amaro adie, mas de toda forma já passou a impressão de que tudo foi corrido e sem discussão.
Segue a carta aberta à Comunidade.
Carta aberta à comunidade da UFPE
Sérgio Alves, Diretor do CCSA
A UFPE aderiu ao Programa para a reestruturação e expansão das universidades federais (REUNI, Dec.nº.6.096/07), do Ministério da Educação, em conturbada reunião do conselho universitário. Na tumultuada manhã da última sexta-feira quando o colegiado superior da instituição deliberou favoravelmente sobre o projeto da UFPE que será incorporado ao REUNI, ocorreram protestos de estudantes, de técnicos administrativos e de professores.
Leia texto completo
Autor: Pierre Lucena - 29/10/2007 às 22:41
: COmissão de comunicação da reitoria ocupada da UFPE
Ocupar, Resistir, Transmitir FM 88,1MHz
Carta aberta à comunidade da UFPE
Sérgio Alves, Diretor do CCSA
A UFPE aderiu ao Programa para a reestruturação e expansão das universidades federais (REUNI, Dec.nº.6.096/07), do Ministério da Educação, em conturbada reunião do conselho universitário. Na tumultuada manhã da última sexta-feira quando o colegiado superior da instituição deliberou favoravelmente sobre o projeto da UFPE que será incorporado ao REUNI, ocorreram protestos de estudantes, de técnicos administrativos e de professores.
A reitoria foi ocupada por opositores ao REUNI, o que impediu a entrada dos conselheiros no auditório onde regularmente são realizadas as reuniões do conselho. Diante da situação o reitor decidiu, então, transferir a reunião para seu gabinete.
Enquanto os conselheiros deliberavam, um dos líderes do alunado foi detido por seguranças da UFPE e conduzido à polícia federal, sendo liberado algumas horas depois. A verdade é que as partes envolvidas se excederam, com os estudantes alegando truculência dos seguranças e estes alegando desacato à autoridade. De qualquer modo, poucas vezes foram vistas na UFPE tais transtornos, apesar da universidade já estar a bastante tempo vivenciando um tortuoso processo de transição entremeado por momentos de harmonia e dissenso, de desacordos e consensos.
É reconhecido que a universidade é uma instituição singular e de elevada complexidade, não comportando respostas fáceis e imediatas, prontas e acabadas para a sua indispensável reforma com a devida profundidade e abrangência. O anacrônico modelo universitário em vigor está à beira de um colapso. Nesse diagnóstico parece haver quase uma convergência de opiniões.
Contudo, o encaminhamento da reconstrução de uma universidade pública que se fundamente em um projeto de nação, requer grandes desafios a serem vencidos e difíceis obstáculos a serem superados, e que iniciativas segmentadas como o REUNI pouco contribuem para um avanço no debate sobre a universidade pública brasileira.
Vale dizer, espera-se uma maior clareza das principais entidades representativas da comunidade universitária nacional e do Ministério da Educação no sentido de delinear um modelo referencial que propicie a discussão não-fragmentada sobre a universidade que o Brasil requer. Afinal, até uma Constituição, a de 1988, teve o seu arcabouço preliminarmente consensuado para, em torno dele, viabilizar-se uma Carta Magna que conseguiu integrar posições contravenientes próprias da democracia.
O REUNI, que tem a pretensão de reestruturar e expandir as universidades federais foi pouco debatido pela comunidade da UFPE, posto que a sua discussão foi iniciada em setembro para ser votada em outubro, após reuniões dos conselhos departamentais dos centros acadêmicos. Não houve tempo hábil para o REUNI ser criticamente apreciado pelos plenos dos departamentos, pelos estudantes, pelo pessoal técnico-administrativo e pela grande maioria dos professores.
Por sua vez, a portaria interministerial nº22, que permite que a universidade proceda à reposição de vagas de docentes sem o crivo da burocracia brasiliense, representa um avanço, embora tímido, da gestão das instituições federais de ensino superior. Mas, se levado em conta o preconizado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), isso significa que não corresponderá a uma expansão do quadro de pessoal, visto que não estão previstos recursos financeiros adicionais, sequer para reajuste salarial da folha de pagamento dos servidores públicos no prazo de dez anos. Isso tudo é ainda agravado pela carência atual em torno de cinco mil professores, sem contar o pessoal técnico-administrativo.
O fato incontestável é que a universidade está hoje inexoravelmente enveredada em uma trilha cujo ponto de chegada ainda não nos é dado a conhecer. Urge, portanto, identificar-se o melhor caminho a ser por ela percorrido para responder aos legítimos anseios da sociedade brasileira. Atender as necessidades de educação superior do país, entretanto, não deve ser apenas responsabilidade do governo da vez, mas sim do Estado brasileiro orientado por uma política nacional com consistente perspectiva de longo prazo e com o compromisso de assegurar condições razoáveis para garantir o funcionamento eficiente de uma universidade pública com qualidade na pesquisa, no ensino e na extensão.
Oportuno salientar que isso passa por importantes questões relativas à gestão universitária e ainda não satisfatoriamente respondidas: como efetivar uma estrutura organizacional-administrativa e um plano de ação duradouro que favoreça o espírito inovador e que propicie a liberdade criativa indissociáveis da academia, com a existência de adequados mecanismos que avaliem o seu desempenho, em termos de sua contribuição à sociedade? Ou, como conquistar uma efetiva autonomia em que se tenha assegurado o seu caráter meritocrático, suprapartidário, laico e capaz de contribuir para a consolidação em nosso país de um desenvolvimento sustentável e com justiça social?
O REUNI prevê R$2 bilhões para investimento nas universidades federais nos próximos cinco anos. No contexto atual isso é considerável. A liberação desses recursos será feita em parcelas e dependerá do cumprimento dos objetivos estabelecidos no contrato de gestão (termo de compromisso). Mas como o programa limita os recursos à dotação orçamentária do Ministério da Educação – não sendo, por conseguinte, um compromisso de Estado – o que pode implicar em se interromper o financiamento previsto, mesmo que as metas estejam sendo cumpridas. De outra parte, as universidades que aderem ao REUNI receberão 20% (orçamento-base 2006) de incremento nos recursos para custeio. No entanto, para ter acesso a esses montantes, a universidade terá que assegurar a taxa surreal de 90% (o país com maior índice, o Japão, chega a 92%) dos alunos matriculados concluírem o curso, dentro do período de vigência do REUNI. Como atingir essa incrível meta sem a adoção de uma nefasta prática de aprovação automática? O REUNI também propõe um bizarro bacharelado, após três anos de curso, cujo diploma será um “certificado de generalista”.
Finalmente, tendo em vista as condições em que ocorreu a decisão, as suas conseqüências imediatas, o potencial de risco a elas associado, o nível de desinformação ainda existente sobre o assunto, as imperfeições contidas no REUNI e, principalmente, o fato objetivo de que o aprovado refere-se a um pré-projeto, conclamo o reitor e presidente do conselho universitário, Prof. Amaro Lins, para serenamente examinar a possibilidade de convocar o conselho universitário para deliberar sobre o adiamento do envio da proposta de participação da UFPE nesse programa para o próximo ano.
Com isso, ter-se-ia o tempo necessário para serem corrigidos pelo governo federal equívocos do programa; ter-se-ia o tempo necessário para aprofundar as discussões, no âmbito da UFPE; ter-se-ia o tempo necessário para melhor escolher quais novos cursos devem ser implementados e aqueles que carecem de expansão e/ou de atualização curricular; e ter-se-ia o tempo necessário para identificar com mais detalhes as demandas para recuperar/ampliar instalações e para adquirir/consertar equipamentos.
Tenho a convicção de que a mesma maioria da comunidade universitária que assegurou um segundo mandato ao Prof. Amaro Lins verá em seu gesto sensato a grandeza da prudência, própria de um dirigente à altura dos desafios postos à universidade brasileira.
Prof. Sérgio Alves – Diretor do CCSA, em 29/10/07.
Extraído do site: http://acertodecontas.blog.br/atualidades/diretor-do-ccsa-da-ufpe-pede-a-reitor-que-convoque-conselho-para-adiar-envio-de-proposta-do-reuni/
Movimento Ocupa UFPE: Ocupar, Resistir, Transmitir - FM 88,1MHz
Apoio dos associados da APAP
"Caros (as) Companheiros (as),
Recebam, em nome de todos os associados da APAP, o apoio e a solidariedade pela ocupação da Reitoria da UFPE, medida esta extrema tomada pela falta de diálogo com a cúpula administrativa. Essa é uma luta de resistência frente ao processo de desestruturação da universidade pública, através do projeto REUNI e outros mais que virão, nos quais estarão comprometidos o ensino, a pesquisa e a extensão, sem a contratação de pessoal e com o congelamento de recursos financeiros. Enfim, uma popularização atraleda a precarização do ensino superior, em todos os níveis.
Uma ignomínia à dgnidade do povo brasileiro!
Que todos permanençam unidos e decididos a manter a luta, apesar de todas as
adversidades existentes, nesse momento crucial da história das unversidades públicas federais.
Por uma universidade pública gratuita, democrática, laica e de qualidade!
Pela união de estudantes, funcionários e professores!
Saudações,
Antônio De Campos"
*Associação Pernambucana de Anistiados Políticos
Enviado via e-mail.
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Comentários
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Noite de Batucada
A noite de hoje foi noite de batucada. Após as reuniões diárias, os tambores de maracatu, em alguns momentos acompanhados de violão, deram o som a animar mais uma animada noite de ocupação.
Fim da batucada, Assembléia começa: momento de votar novas deliberações para os próximos dias.
Mais informações, sintonize a nossa rádio: FM 88.1MHZ (área de abrangência: Várzea, Engenho do Meio, Campus UFPE, Caxangá...)
Movimento Ocupa UFPE: Ocupar, Resistir, Transmitir - FM 88,1MHz
Dia de trabalho intenso
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Desmascarando o REUNI em 5 pontos
É de causar estranheza por que um programa como o REUNI, que visa a ampliação e maiores investimentos na UFPE tem causado reações tão adversas. Aqui vamos, resumidamente, ir além da superfície “bonita” do Programa, chegando as profundezas de sua verdadeira face.
1. O REUNI foi instituído por um decreto presidencial (decreto nº 6096), no qual afirma que o programa durará 5 anos, a contar do início de cada plano (art. 1º § 1º).
Sendo um decreto, a qualquer momento pode ser revogado, além disto, a UFPE aderindo ao plano para o ano que vem (2008), este irá até 2012, sendo que depois de 2010, é findo o governo atual, logo quais são as garantias de manutenção do REUNI que o futuro presidente, ainda desconhecido, nos dará? Uma política pública de longo prazo como a Educação, não poder ser gerida de forma tão instável.
Há duas situações que põe em risco a vinda do dinheiro: no mesmo artigo 3º, no §3º afirma-se que a liberação da verba é vinculada ao orçamento do MEC, que é feito todo ano. Como a liberação é gradual corre-se o risco de em determinado ano, o dinheiro não caber no orçamento do Ministério e não ser repassado. Convém relembrar que a conta de dois anos (2011 e 2012) fica para o próximo governo pagar. Por fim, segundo o artigo 6º os investimentos são liberados de acordo com o cumprimento das metas, caso o MEC julgue que em determinado ano a UFPE não cumpriu as metas a verba é cortada. Em ambos os casos, haverá todo um programa de expansão e centenas de estudantes extras, mas sem dinheiro para mantê-los com qualidade.
5. Finalmente existem duas portarias interministeriais (nº 22/2007 e 224/2007) que falam sobre os “professores equivalentes”, uma unidade de medida. Um P.E. é igual a um professor adjunto nível I 40h semanais. Criou-se para facilitar a contratação de professores, logo toda admissão de docentes se dará desta forma. Segundo a regulação 1 P.E. = 1,55 Prof. Dedicação Exclusiva com 40h semanais e 0,5 P.E. = 1 Prof, 20h semanais. Também se deve lembrar que a contratação de mais professores, acarreta a entrada de mais estudantes já que a relação de 18 alunos/professor deve ser mantida. Como a verba é fixa, é mais viável, financeiramente, a contratação de um professor 20h semanais do que um 40h dedicação exclusiva. O primeiro limita-se a dar aulas, o segundo faz ensino, pesquisa e extensão. Logo o maior número de professores em regime de 20h semanais conjuntamente com mais alunos sobrecarregará os professores em dedicação exclusiva, além de ameaçar o tripé constitucional ensino-pesquisa-extensão.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Um breve histórico e esclarecimentos
Partindo do campus, os estudantes, junto a servidores e professores, seguiram em marcha para Reitoria, onde o Conselho estava previsto para começar às 9h. Apesar do movimento contra o projeto, do debate insuficiente sobre as especificidades do mesmo, houve a aprovação do decreto do REUNI num Conselho Universitário sem quorum mínimo e, por isso, sem legitimidade. A partir dessa arbitrariedade cometida, os estudantes presentes ocuparam a Reitoria da UFPE, resultando num conflito que cuminou na agressão a estudantes e docentes.
Às 22h, aproximadamente, da sexta-feira (26/10), os ocupantes receberam uma ordem de reintegração de posse divulgada por uma Oficial de Justiça acompanhada de Policiais Federais, à paisana. No texto, a acessória jurídica da Reitoria alegava que os estudantes eram invasores e por isso deveriam evacuar o prédio em menos de vinte e quatro horas sob o risco de expulsão pela Polícia Federal junto ao Batalhão de Choque. O texto também citava a possibilidade de estudantes serem recolhidos às delegacias, fichados e indiciados criminalmente por descumprimento da determinação judicial. Porém, em reunião (27/10) – transmitida pela Radio Ocupa FM 88,1 MHz - com o Reitor, o mesmo voltou atrás e concordou em não só cancelar a reintegração de posse como marcou um reunião que irá acontecer hoje (29/10) às 15:30h, na reitoria.
A mobilização no prédio da Reitoria está bastante coesa: os estudantes debatem em assembléias – como a ocorrida hoje as 11h - atividades e rumos da ocupação. Está se tentando manter ao máximo o caráter horizontal nas diversas etapas do processo decisório.
Nosso movimento estabelece canais de comunicação próprios, através de ferramentas como a RádiO Ocupa UFPE FM 88,1MHz, o blog www.ocupaufpe.blogspot.com e o e-mail ocupaufpe@gmail.com . Canais que se encaixam numa proposta de Mídia Tática, formato deliberado em assembléia. Sendo assim, gostaríamos de esclarecer o movimento de ocupação da reitoria da UFPE não busca o isolamento referente a outros canais midiáticos. Trata-se de nossa estratégia de comunicação. Nela não aceitamos imposições das mídias corporativas que visem a desestruturação do nosso movimento.
Informe
Comunicaçao enviada à ASCOM
Caro(a)s integrantes da ASCOM,
Gostaríamos de solicitar que a coletiva marcada com o Magnífico Reitor Amaro Lins, segundo o informe enviado via e-mail, não seja realizada em seu gabinete.
O acordo firmado em Assembléia realizada no dia 27 de outubro de 2007 foi o de que seria permitida unicamente a entrada de funcionários da UFPE no prédio da reitoria.
Desta forma, seguindo os acordos firmados na mesma assembléia, a entrada de jornalistas não será permitida.
Gratos pela atenção e abertos ao dialogo,Movimento Ocupa-UFPE.
Coletiva com o Reitor - Amanhã, 29.
Galera vamos fazer nossa parte, Amaro já tá dando o primeiro passo pra instituir o REUNI, vamos comparecer nessa reunião, mostrar nosso lado, queremos o plebiscito.
Como foi dito ontem em reunião com o Reitor, a gente não pode discutir o processo depois de votar, queremos anulação do conselho e em seguida debate com a comunidade acadêmica.
domingo, 28 de outubro de 2007
Nota de esclarecimento
Comissão de comunicação da ocupação
AlémdaMidiaMédia
Estudantes, funcionários e advogados discutiam os encaminhamentos sobre a resistência e a negociação com reitor Amaro Lins, que se prontificou a receber uma comissão fora do espaço da ocupação. Em assembléia decidimos que não aceitaríamos ser representados por uma comissão alguma: somos a voz de um coletivo e assim o "magnífico reitor" prepare-se para a potência de um coro de muitos sons e múltiplos tons!
Primeira votação:
53 estudantes votaram a favor da cobertura pela imprensa pernambucana.
56 estudantes optaram pela mídia independente.
109 estudantes decidem democraticamente os meios e o e o perfil editorial das notícias geradas no espaço.
Decidimos fazer nossas mídias produzir e veicular a informação por nós mesmos gerada. Tornar pública as nossas idéias em forma e conteúdo próprio, em duração qualidade e textura particular, experimentar os nossos limites inventivos nas formas de se comunicar, para que deste modo possamos exprimir realmente nossas ânsias e desejos.
Essa postura, que assustou alguns jornalistas, blogueiros e fotógrafos em geral , que aqui se apresentaram interessados em (in)cubrir o evento político, já nasce justificada. É só olhar com cuidado as diversas manifestações de comunicação livre vitoriosas e duradouras em todo o mundo e perceber a opinião embasada que estes grupos tais com os indymedias as rádios e TVs livres tem em relação a mídia corporativa, a simples existência e sucesso deles são um exemplo prático dessa necessidade de uma outra mídia, e mais é sua própria reinvenção.
Cordel da Ocupação
Quem acha que o Brasil
É democrático se engana
A não ser democracia
De uma forma leviana
Na qual se sustente mal
E o governo Federal
Mostra sua face tirana
Com seus decretos de lei
Reafirma a imposição
Comunidade acadêmica
Vetada da discussão
É a prova que o governo
Não tá com boa intenção
E agora vem o REUNI
Com uma finalidade
Maquiar as estatísticas
Da nossa universidade
Que terá como resultados
O dobro de graduados
E uma pior qualidade
O REUNI tem como pretensão
A ambição da melhora sem gastar
Em cinco anos apenas aumentar
Em cem por cento as vagas na graduação
E pra noventa a taxa de conclusão
Vinte por cento é o aumento concedido
Para as verbas e isso não faz sentido
A saída é lutar até vencer
Para enfrentar essa arrogância do poder
O movimento estudantil está unido
A UFPE já se mostrou
Favorável através da reitoria
Que seguindo o caminho da tirania
A decisão de tudo centralizou
Um debate só se proporcionou
Em meio à insistência e a pressão
Na reitoria depois da ocupação
Que ficou devidamente registrada
A reunião do conselho adiada
E um passo dado pra sua revogação
Amaro Lins recuou
E o recado já foi dado
O movimento estudantil
Está bem determinado
Só vamos desocupar
Com o conselho revogado.
(Comissão de Poesia Popular do Movimento Estudantil)
Vídeo de estudante em apoio à ocupação
Somos capazes de fazer nossa própria mídia.
Faça você também a mídia da ocupação!
Tradução:
"Estudantes de todo o mundo. Através deste discurso, estou mandando uma mensagem para todos os meus camaradas internacionais para dizer-lhes sobre a situação que as Universidades Federais Brasileiras estão enfrentando hoje em dia. Estas universidades, aprovaram, de maneira não democrática e sobre estratégias burocráticas, um projeto chamado REUNI. Este projeto coloca as universidades federais em uma circunstância bastante negativa. Portanto, ontem, no dia 26 de outubro de 2007, meus colegas, ao protestarem contra esta decisão não democrática, invadiram a reitoria. Agora meus amigos estão sob a ameaça de serem expulsos por força policial. Se isto acontecer, é possível que eles sofram violência desnecessária e que alguns sejam presos.
Este evento esta acontecendo em muitas das Universidades federais do país. O governo federal está nos obrigando, através da coerção e de manobras, a aceitar o projeto. Estamos lutando por nossos direitos democráticos, e para termos nossa voz escutada pelas autoridades legais. É incomum, no Brazil, desenvolver discussões sobre sobre qualquer tema e pedir a opinião de estudantes . Este breve discurso, tem a intenção de deixar a comunidade mundial de estudantes ciente do que está acontecendo no brazil. Pedimos por vossa solidariedade e apoio político. Por favor, espalhem este vídeo em suas mídias locais, clubes e partidos. Este é um protesto em nome de todos os estudantes que estão na reitoria da universidade federal de Pernambuco."
sábado, 27 de outubro de 2007
Relatório da reunião com o reitor
Os estudantes haviam decidido em assembléia que as decisões seriam tomadas coletivamente. Por volta das 12:30 Amaro compareceu à reitoria, dado que nenhum estudante se dispôs a sair da ocupação. Um estudante leu uma carta que demonstrava as reivindicações e narrava todo o processo de mobilização ocorrida ontem.
Logo após houve um debate que ocorreu de forma ampla e democrática. O reitor se comportou de forma evasiva, fugindo quando lhe foi conveniente dos questionamentos levantados pelos estudantes e, mantendo uma postura defensiva, não atendeu à principal pauta do movimento estudantil: a revogação do REUNI.
Segundo o reitor, o Reuni foi aprovado para a UFPE, mas posteriormente (daqui a cerca de uma semana) haverá discussões com a comunidade acadêmica para tratar de assuntos correspondentes à implementação do programa.
Foi garantido aos estudantes que a reitoria não será desapropriada e não haverá nenhuma forma de repressão por parte da polícia. Os estudantes também garantiram que a reitoria terá o funcionamento normal.
O reitor propôs uma reunião para segunda-feira dia 29 às 15:00 horas, porém insistiu em dialogar apenas com uma comissão. A assembléia estudantil se posicionará a respeito dessa proposta.E a ocupação continua...
Xuxa Ocupa!!!!
Ocupação da Reitoria: Em resposta à imprensa.
As informações divulgadas hoje, dia 27 de outubro, pelos jornais de maior circulação do Recife, deturpam ou, no mínimo, abordam de forma superficial, o objetivo e as pautas de reivindicação dos/as estudantes que neste momento ocupam a Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Segundo estes jornais, os/as estudantes são contra a expansão de vagas nas Universidades Federais, deturpando o real objetivo do Movimento Estudantil: Nós somos contra o aumento de vagas nas instituições públicas, sem a garantia de um financiamento possa interromper o atual processo de desestruturação e desmantelo da nossa universidade.
Neste sentido, cabe reforçar o real problema que enfrentamos hoje na UFPE, e que é o motivo de nossa reivindicação: Nossas Universidades, escolas e todo o sistema educacional, historicamente, nunca foi tratado como prioridade pelo Estado. Diante disso, em protesto a atual condição de descaso com a educação, somos contra o REUNI.
REUNI
Desde o governo Lula a Reforma Universitária vem causando várias polêmicas. As discordâncias acerca de tal projeto são numerosas, o que de certa vem atrapalhando a intenção do Governo em implementar uma política de mudança nas estruturas das Universidades Federais.
Tais polêmicas obrigaram o Governo a buscar novas formas de atender seus interesses no campo da Reforma Universitária: o REUNI pode ser entendido como uma das táticas de impor mudanças no ensino sem a necessidade de discussão, o que se deu via decreto.
Por que ocupamos a Reitoria da UFPE?
Assim como o Governo Federal, o Reitor da UFPE não criou espaços para o debate sobre o REUNI. A comunidade acadêmica, como um todo, não foi consultada sobre a concordância ou não com o projeto.
Entendemos que um projeto de reestruturação das universidades deve ocorrer mediante amplas discussões em que alunos, servidores e professores tenham direito opinar sobre tais mudanças.
Motivados pela falta de democracia, no que diz respeito aprovação do REUNI, ocorrida no dia 26 de outubro de 2007 no Conselho Universitário (sem nem mesmo ter quorum mínimo), o Movimento Estudantil da UFPE decidiu barrar as aprovações de tal conselho, via ocupação da reitoria, e propor um plebiscito para que tod@S da UFPE tenham oportunidade de opinar sobre a implementação do REUNI.
Nossas pautas de reivindicação:
1 – Contra a implantação do plano de reestruturação das universidades federais (REUNI) na UFPE. Pela realização de um plebiscito com toda comunidade acadêmica acerca do tema.
2- Contra o projeto de lei 7.200 da reforma universitária do governo Lula.
3- Pela revogação das medidas provisórias em vigor, parte da reforma universitária, como o do PROUNI, da lei de inovação tecnológica e do decreto das fundações de apoio.
4 – Pela reabertura do restaurante universitário (RU)da UFPE a preço popular. Que a reitoria apresente desde já a data de conclusão das obras e a proposta do preço.
5 – Pela retirada imediata das catracas do campus da UFPE já que elas inviabilizam a acessibilidade de estudantes com bicicletas e portadores de deficiência física.
6 – Contra qualquer atitude repressora por parte da guarda patrimonial já que eles são responsáveis pela segurança da estrutura física da universidade, e não dos estudantes.
7 – Pelo fim do convênio da UFPE com a polícia militar. Pela não circulação da ROCAM no campus e a contratação de novos seguranças patrimoniais.