O sétimo dia de ocupação foi bem movimentado. Logo pela manhã organizamos um batalhão de limpeza, que removendo colchões, barracas e pertences, limparam todos os espaços da reitoria... trabalho pesado e cansativo! Logo em seguida, as pessoas foram estudar, jogar xadrez, jogar futebol, realizar reuniões de suas comissões... cada um fazendo suas atividades.
Ainda pela manhã recebemos a visita de um representante da OAB, do CREA e do Conselho Regional de Economia. Eles se postaram como intermediadores do "impasse" existente entre o Reitor e os estudantes que ocupam o prédio da reitoria. É uma pena que o Reitor não quis ele mesmo vir falar conosco, tenha precisado de intermediação: não é que a participação de órgãos como os citados acima seja negativo, a sociedade civil organizada, assim como a também não organizada, deve participar em todos os processos que envolvem delibarações das Universidade públicas; mas em nenhum momento fechamos as portas para o senhor Amaro Lins, ou então algum representante direto seu vir dialogar conosco para construirmos juntos propostas de melhoria para a Universidade. Basta lembrar que um dos principais motivos para a ocupação foi justamente a falta de diálogo entre reitoria e estudantes no que diz respeito a aprovação do REUNI.
A reunião com a OAB, CREA e Conselho Regional de Economia durou algumas horas e nossas principais propostas foram entregues afim de que eles, no papel de intermediadores, pudessem levar nossas reivindicações ao senhor Amaro Lins, reivindicações que já foram passadas em assembléias.
Após a reunião, aconteceu o almoço e tivemos uma apresentação da banda Mestre Librina. O coco, maracatu e forró rabecado tomaram conta do prédio da reitoria. A empolgação foi tanta que terminou o show da banda, boa parte dos estudantes presentes pegaram os alfaias, pandeiros e caixas e continuaram a batucada pela tarde inteira. Paralelamente as comissões con tinuavam trabalhando.
É válido ressaltar que neste dia começamos a ter aulas realizadas no prédio da reitoria: professores que não concordam com a aprovação anti-democrática do REUNI, passaram a dar suas aulas na reitoria, em meio a ocupação.
O dia encerrou com uma nova conversa com a OAB, CREA e Conselho Regional de Economia.
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