sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Agradecimentos

Agradecemos ao movimento sem teto do IPSEP que veio dar seu apoio na noite do dia 31 de outubro.
Chegaram aqui com uma grande quantidade de pessoas, desde bebês de colo até senhores de idade, conheceram as nossas instalações, conversaram conosco, e nos animaram. Em suma, fizeram desse movimento um lugar mais agradável, democrático e deflagraram como nossa ocupação está verdadeiramente ligada a sociedade civil em geral.

Grupos assim serão sempre bem vindos.

3 comentários:

Unknown disse...

Olha só isso pessoal..`.
É de fazer rir!
NOTA PÚBLICA DA ANDIFES SOBRE INVASÕES ÀS REITORIAS
01/11/2007

Os reitores e demais dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, reunidos em Brasília na 91ª reunião extraordinária do Conselho Pleno da Andifes, vêm manifestar de público, perante a nação brasileira, o seu mais veemente repúdio à ação violenta e antidemocrática das invasões de reitorias e impedimento de decisões legítimas e soberanas de Conselhos Universitários, patrocinadas por certos grupos de estudantes que, com péssimo exemplo, não honram as melhores tradições do movimento que pretendem representar.

Os lamentáveis episódios ocorridos recentemente em diversas universidades por ocasião da deliberação sobre a apreciação dos projetos das IFES a serem submetidos ao Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Públicas – REUNI caracterizam o conteúdo fascista e totalitário desse tipo de manifestação política, que não condiz com as liberdades democráticas, a normalidade institucional e o pleno Estado de Direito em vigência no Brasil.

Ao contrário do que apregoam alguns, a truculência tem caracterizado tais manifestações, em contraste com a atitude democrática de dirigentes das IFES, que, sem exceção, têm submetido aos Conselhos Superiores as grandes decisões institucionais.

A defesa da universidade pública, de sua autonomia, pluralismo e liberdade, verdadeiras cláusulas pétreas de uma academia, terá de ser garantida com firmeza e por todos os meios legítimos e legais à disposição, sob pena de desmoralização das instituições, deterioração do patrimônio público e falência das conquistas democráticas, tão arduamente construídas em nosso país.

Brasília, 31 de outubro de 2007

Unknown disse...

Olha isso tbm...

ESCLARECIMENTO À SOCIEDADE
01/11/2007

Nota do Conselho Universitário da UFPE que se reuniu na tarde desta quinta-feira (1º) com o reitor Amaro Lins

Os Membros do Conselho Universitário, – na representatividade dos Centros Acadêmicos, das Pró-Reitorias, dos Conselhos de Ensino, Pesquisa e Extensão, e de Administração –, reunidos na sala do Conselho Departamental do Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE, após discussão sobre os últimos acontecimentos envolvendo estudantes e a administração central desta Universidade, vêm esclarecer à sociedade pernambucana sobre os seguintes fatos:

– A ocupação do prédio da Reitoria, com o impedimento de todas as ações administrativas, vem ocasionando prejuízos irreparáveis para a movimentação orçamentária e financeira, com reflexos imediatos na normalidade das atividades acadêmicas.

– As sucessivas tentativas de diálogo oferecidas e mantidas pela Administração Central são testemunhos da disposição dessas autoridades, com respeito ao espaço democrático, e desejo do retorno à normalidade da vida acadêmica.

– Por tudo isso, os conselheiros recomendam a continuidade do diálogo, numa perspectiva positiva de desocupação da Reitoria; – apóiam o pleno exercício das autoridades universitárias imbuídas de resguardar o patrimônio público, o direito e a liberdade de ir e vir das pessoas; – e solicitam a compreensão e o apoio da sociedade pernambucana na condução de cabíveis soluções.

Unknown disse...

Olha tbm o que tão falando por aí...

EDITORIAL DO JORNAL COMMERCIO
Um grupo contra a maioria

Publicado em 02.11.07

Mais uma vez, assistimos ao embate entre o progresso e interesses partidários. Estranhamente contrários à ampliação de vagas planejada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), um grupo de estudantes, sob influência partidária estranha à academia, partiu para a já costumeira invasão de prédios públicos, no caso o da reitoria da universidade, com “direito” a depredação e impedimento do básico acesso e movimento de servidores no cumprimento de suas obrigações. Sabemos que o atual ministro da Educação, Fernando Haddad, é uma rara exceção no inflado e aparelhado ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele é do ramo e pretende realmente fazer com que a educação no nosso País, em todos os níveis e graus, seja considerada com seriedade e profissionalismo.

Entre outras iniciativas com esse propósito, ele criou o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Com a verba a receber desse programa, a UFPE anunciou que vai criar 1.419 vagas para alunos ao longo dos próximos cinco anos. Pretende ainda contratar 400 professores e 600 técnicos, construir novos espaços para aulas e mais casas para estudantes, melhorar laboratórios e bibliotecas. Com a verba do Reuni, a universidade poderá criar 18 novos cursos nos câmpus do Engenho do Meio, Vitória e Caruaru. A turma do contra, em sua pretensa alta sabedoria, não aprova nada disso e quer impor sua vontade na marra com mais uma invasão de prédio público. Alegremente e com a usual truculência, ocupou a reitoria e exige que se marque um plebiscito para opinar e decidir sobre a implantação do Reuni.

A pretensão, evidentemente, foi negada. Pode-se imaginar a que se reduziriam a fama e a qualidade das grandes universidades do mundo, como Oxford, Harvard, Columbia, MIT, Paris, se elas fossem se guiar pela opinião de clãs de alunos, jovens que ainda estão se preparando profissionalmente para tomar decisões estratégicas. Os invasores questionam o programa porque, com a ampla e tarimbada visão que se auto-atribuem, acham que ele minimiza a qualidade do ensino. E reclamam que, com apenas duas cadeiras no Conselho Universitário, os estudantes não podem fazer valer suas opiniões. A universidade ganhou na Justiça uma liminar de reintegração de posse, mas o reitor Amaro Lins tenta resolver a questão por meio de diálogo. Por trás da minoria contestadora, vislumbra-se a silhueta do PSTU e do P-SOL, adversários do PCdoB, que se apossou do movimento estudantil desde o pós-redemocratização.

Como a quase todos os setores da vida nacional, o golpe de 1964 não fez bem ao movimento estudantil. A UNE pré-regime militar tinha um perfil desenvolvimentista, lutava pela consolidação da democracia e ampliação de vagas no ensino público. Enfrentou o Estado Novo e teve decisiva atuação na campanha pela criação da Petrobras e no apoio às metas de JK, que visavam dar maior autonomia ao Brasil frente aos EUA e outros países dominantes. No dia do golpe, sua sede, na Praia do Flamengo (Rio), foi queimada e o movimento sofreu brutal repressão, empurrando muitos jovens para guerrilhas sem nenhum futuro, dada a imensa desproporção diante das forças armadas profissionais. Com a redemocratização, a UNE não conseguiu reassumir suas bandeiras, tornando-se refém de ex-guerrilheiros convertidos a políticas de resultados, e engalfinhando-se com outras facções também sem programa.

Pode-se até discutir a proliferação de universidades federais ao sabor de apetites políticos que procuram transformar os cargos universitários em feudos partidários e acham que toda unidade da federação, mesmo sem nenhuma condição, deve ter uma universidade. Não é o caso da UFPE, que tem mais de 60 anos, 180 se levarmos em conta que sua mais antiga unidade, a Faculdade de Direito, foi criada em 1827. O correto seria manter a universidade o mais longe possível da política partidária e fortalecer as melhores universidades públicas. O Reuni é um passo nesse sentido, pois cada universidade federal terá de apresentar um projeto consistente ao MEC para poder ter direito às verbas desse programa. Quem não tem competência não se estabelece, como diziam os antigos imigrantes portugueses donos das velhas vendas. Mesquinhos interesses partidários não podem se opor ao desenvolvimento, ao progresso, à civilização.