Por volta das 11h da manhã do sábado, dia 27, os estudantes da ocupação da UFPE estavam vivendo um dos momentos mais tensos das últimas 24h do protesto contra o Reuni na reitoria da universidade. Faltava menos de 1h para que o mandato de reintegração de posse do prédio fosse executado com a promessa de uso da força policial pela justiça.
Estudantes, funcionários e advogados discutiam os encaminhamentos sobre a resistência e a negociação com reitor Amaro Lins, que se prontificou a receber uma comissão fora do espaço da ocupação. Em assembléia decidimos que não aceitaríamos ser representados por uma comissão alguma: somos a voz de um coletivo e assim o "magnífico reitor" prepare-se para a potência de um coro de muitos sons e múltiplos tons!
Estudantes, funcionários e advogados discutiam os encaminhamentos sobre a resistência e a negociação com reitor Amaro Lins, que se prontificou a receber uma comissão fora do espaço da ocupação. Em assembléia decidimos que não aceitaríamos ser representados por uma comissão alguma: somos a voz de um coletivo e assim o "magnífico reitor" prepare-se para a potência de um coro de muitos sons e múltiplos tons!
Naquele momento, do lado de fora da ocupação, alguns jornalistas estavam a postos para a cobertura da manifestação. Do lado de dentro, a comissão de comunicação montava uma rádio livre e já publicava as notícias no blog http://www.ocupaufpe.blogspot.com/ e no http://www.midiaindependente/ .
Pauta urgente na assembléia dos estudantes: deixar ou não a mídia coorporativa cobrir a ocupação?
Primeira votação:
53 estudantes votaram a favor da cobertura pela imprensa pernambucana.
56 estudantes optaram pela mídia independente.
109 estudantes decidem democraticamente os meios e o e o perfil editorial das notícias geradas no espaço.
Primeira votação:
53 estudantes votaram a favor da cobertura pela imprensa pernambucana.
56 estudantes optaram pela mídia independente.
109 estudantes decidem democraticamente os meios e o e o perfil editorial das notícias geradas no espaço.
Desses números todos, o que mais chama a atenção é que a maioria dos alunos participes do movimento da reitoria ocupada não respaldaram a exposição dos nossos posicionamentos pelas mídias corporativas. Tomando esse maioria como dado percebe-se o auto grau de desconfiança nestes meios massivos de comuinicação de onde decorre esta atitude .Fica claro também que as informações midiáticas destes meios são orientadas por uma linha editorial da qual discordamos - por estarem atrelados a grupos econômicos o uqe acaba embaçando a fronteira entre informação e mercadoria- e urge dai a necessidade de tomarmos os meios,assim o fizemos.
Decidimos fazer nossas mídias produzir e veicular a informação por nós mesmos gerada. Tornar pública as nossas idéias em forma e conteúdo próprio, em duração qualidade e textura particular, experimentar os nossos limites inventivos nas formas de se comunicar, para que deste modo possamos exprimir realmente nossas ânsias e desejos.
Essa postura, que assustou alguns jornalistas, blogueiros e fotógrafos em geral , que aqui se apresentaram interessados em (in)cubrir o evento político, já nasce justificada. É só olhar com cuidado as diversas manifestações de comunicação livre vitoriosas e duradouras em todo o mundo e perceber a opinião embasada que estes grupos tais com os indymedias as rádios e TVs livres tem em relação a mídia corporativa, a simples existência e sucesso deles são um exemplo prático dessa necessidade de uma outra mídia, e mais é sua própria reinvenção.
Decidimos fazer nossas mídias produzir e veicular a informação por nós mesmos gerada. Tornar pública as nossas idéias em forma e conteúdo próprio, em duração qualidade e textura particular, experimentar os nossos limites inventivos nas formas de se comunicar, para que deste modo possamos exprimir realmente nossas ânsias e desejos.
Essa postura, que assustou alguns jornalistas, blogueiros e fotógrafos em geral , que aqui se apresentaram interessados em (in)cubrir o evento político, já nasce justificada. É só olhar com cuidado as diversas manifestações de comunicação livre vitoriosas e duradouras em todo o mundo e perceber a opinião embasada que estes grupos tais com os indymedias as rádios e TVs livres tem em relação a mídia corporativa, a simples existência e sucesso deles são um exemplo prático dessa necessidade de uma outra mídia, e mais é sua própria reinvenção.
7 comentários:
Vejam só isso... a mídia burguesa se cortando de raiva pela nossa escolha!!!
http://acertodecontas.blog.br/atualidades/estudantes-que-ocupam-reitoria-optam-pelo-isolamento/#comments
Pra que uma mobiliza�o d� certo, seria legal contar coma garantia de que a maioria das pessoas saiba o que se passa!!!
O blog n�o � de conhecimento geral! E n�o alcan�a um grande n�mero de pessoas como elementos de m�dia consolidados burgueses ou n�o!!!
As pessoas s� se interessar�o pelo problema, se souberem o que ocorre! S� assim procurar�o a verdade e chegar�o (quem sabe) ao blog!
Permitam que a imprensa divulgue o movimento noticiando-o. Assim ele se propaga!!!
Usem a imprensa a seu favor!!!
colecionador de palavras, em primeiro lugar é importante esclarecer que nós não proibimos que a imprensa divulgue nosso movimento, até porque somos favoráveis a uma imprensa livre. Apenas existem restrições para que as notícias cheguem ao público-alvo sem distorções.
" Essa postura torna evidente o potencial de absorção que os conteúdos midiáticos vindos destas fontes possuem na construção das subjetividades das pessoas em geral, e obviamente de alguns estudantes aqui ocupados."
eu sou a favor da entrada da mídia corporativa ai, por favor, o cara que saca da minha subjetividade mental pode dizer qual que é minha compreensão a respeito da mídia corporativa? deve ser mais barato e divertido do que ir pra psicanalista
" Essa postura torna EVIDENTE o potencial de absorção que os conteúdos midiáticos vindos destas fontes possuem na construção das subjetividades das pessoas em geral, e OBVIAMENTE de alguns estudantes aqui ocupados."
Típico comentário reducionista, superficial e pre-conceituosamente vazio...
É ridículo quando se pensa que somente vc pensa...
Um abraço.
Acho correto não se deixar levar pela mídia "oficial", e sugiro que seja dado à ela a indicação de que o movimento tem canais alternativos de informação e que eles podem ser utilizados para a busca de notícias que os "jornais, tvs e rádios" querem.
O movimento é legítimo uma vez que a reitoria nao incluiu a comunidade na discussão e a sociedade precisa saber dos prejuízos quem vêm por aí com o REUNI.
Nós geração ditadura, estamos orgulhosos de vocês. Se bem que com o nosso coração apertado pelo medo da violência que os ameaçam.Deus os protejam.
Uma sugestão:
Na necessidade de um apoio convoquem nós -pais- dispostos a ajudá-los. (Edilene Sá Leitão)
Postar um comentário