quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Reitoria quebra acordo e tenta desqualificar luta contra o Reuni
A decisão dos estudantes fez com que a reitoria recuasse duas vezes até o momento, suspendendo as atividades no prédio e desmarcando a solenidade de recondução do reitor Amaro Lins ao seu cargo. A administração da reitoria da UFPE vem tentando desqualificar a ocupação pacífica dos estudantes chamando-os de invasores e afirmando que os manifestantes ameaçam a “integridade” dos convidados da solenidade de posse.
Os estudantes que agora ocupam a reitoria da UFPE esperam que a sociedade compreenda a tentativa do reitor Amaro Lins de desqualificar o movimento para, assim, poder utilizar o aparelho repressivo contra os estudantes. A afirmação por parte da reitoria de que houve quebra de acordo é uma forma da administração tentar se livrar do outro compromisso firmado com os ocupantes de que não utilizaria da violência para dar fim ao impasse.
Comunicado à comunidade acadêmica da UFPE
Tendo em vista a impossibilidade de um diálogo construtivo com o magnífico Reitor Amaro Lins, em assembléia geral, os estudantes do movimento de ocupação da reitoria optaram por fechar o acesso à Reitoria a fim de forçar uma negociação com as estâncias máximas de representação da Universidade. Insistimos que o Reuni deve ser discutido com todos da UFPE - estudantes, professores e servidores - e a organização de um plebiscito é a forma mais democrática de se realizar tal processo. Não vamos permitir que um Conselho Universitário, organizado em condições que fogem as regras tratadas em estatuto, delibere autoritariamente sem nem mesmo informar adequadamente a comunidade acadêmica.
O Movimento de ocupação da reitoria é um movimento pacífico, na sua maioria formado por estudantes e com apoio de várias instituições, professores e servidores. É pacificamente que estamos reivindicando os nossos direitos estabelecidos pelo estatuto da Universidade. É grande o nosso temor que mais uma vez medidas violentas e drásticas sejam tomadas contra o nosso movimento, por isso pedimos atenção a todas as instâncias representativas entre elas os meios de comunicação para dizer que estaremos abertos ao diálogo
Até a revogação do Conselho Universitário realizado de forma escusa no dia 26 de outubro e implementação de um plebiscito que contemple toda a comunidade acadêmica sobre a aceitação ou não aceitação do REUNI, o prédio da Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco permanecerá trancado.
Comissão de comunicação da reitoria ocupada da UFPE.
Ocupar, Resistir, Transmitir - Rádio Livre OCUPA UFPE FM 88,1 MHz
Quinto Dia de ocupação
O dia amanheceu com as manchetes dos principais jornais locais colocando o REUNI de maneira parcial e superficial, mostrando apenas um lado do projeto a ser enviado pelo reitor ao MEC – o que promete maravilhas para a Universidade – ignorando, dessa forma, todos os riscos e impossibilidades envolvidas, as quais criticamos. Em contrapartida, os esforços por uma mídia independente continuaram, e a Rádio Ocupa UFPE, FM 88.1 esteve em funcionamento.
Na reitoria, o dia foi de Cultura e de Fortalecimento do Grupo, e do pensar enquanto grupo. Pela manhã, houve a assembléia que traçou um cronograma de atividades e o esboço da estratégia que será seguida nos próximos dias, estratégia essa concluída agora à noite.
A tarde foi marcada por mobilizações em algumas salas de aula em diversos centros e por Oficinas de Arte para a ocupação – que foram desde cartazes até “caracterização de estátuas”. A noite contou com o clima de malabaristas e músicos da própria ocupação, que antecederam a última assembléia.
Cada vez mais, apesar de antigas divergências entre diversos grupos – e apesar do acontecido hoje, tratado no post anterior – a ocupação se fortalece e fortalece sua unidade, iniciando a quarta-feira chamando mais estudantes para unirem-se, num dos dias mais corridos da ocupação.
Nota de Repúdio ao ato do Movimento Correnteza
Em assembléia geral realizada no dia 31 de outubro, os estudantes do movimento Ocupa UFPE lançaram uma moção de repúdio contra atos do Movimento Correnteza: integrantes do referido coletivo tentaram não só em jornais de própria autoria, mas também em jornais da grande mídia, se portar como líderes dos protestos que resultaram na tomada do prédio da reitoria.
No Jornal da CORRENTEZA, edição de outubro de 2007, o coletivo publicou: “Thiago Santos, estudante de Ciências Sociais, militante da União da Juventude Rebelião e candidato ao DCE pela chapa CORRENTEZA, foi preso, espancado e levado para Delegacia da Polícia Federal, onde ficou o dia inteiro sem comer e depois foi processado na Justiça Federal por desacato a autoridade. Em reposta, estudantes ocuparam a Reitoria de onde manifestaram a solidariedade ao colega injustiçado e a ocupação permanece até que o REUNI seja revogado”. A interpretação da assembléia foi a de que tal publicação é mentirosa: a ocupação da Reitoria da UFPE deu-se pela tentativa do Reitor Amaro Lins em aprovar o REUNI sem consultar a comunidade acadêmica, e não pela prisão do citado estudante. Na matéria, ainda é estampada uma foto em que integrantes da Correnteza exibem uma faixa dando apoio ao líder de seu coletivo. A faixa é exibida em meio a estudantes que na verdade comemoravam a vitória de fazer com que o Reitor viesse À ocupação e participar de uma assembléia; texto e imagem formam uma tentativa clara de manipular os leitores com inverdades.
Outro ato repudiado por estudantes do Ocupa UFPE diz respeito a uma matéria publicada no Jornal do Comércio em 27 de outubro de 2007. O mesmo Thiago Santos se apresenta em entrevista como líder do movimento de ocupação da UFPE: “... De acordo com Thiago de Oliveira Santos, 22, que lidera o protesto... O protesto do movimento Correnteza, como são denominados, é contra os aumentos do número de vagas e da taxa de aprovação previstos pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, o Reuni.”.
Mais uma vez, os estudantes do Ocupa UFPE vem esclarecer que a ocupação da reitoria não tem um líder instituído, muito menos coletivo que tome a frente das decisões. As deliberações que dizem respeito ao conjunto de estudantes que ocupam o prédio da reitoria são tiradas em assembléia em que todos têm direito de voz e voto.
Algumas notícias clipadas:
26.10.07
Manifestação de estudantes ocupa reitoria da UFPE
JC online — Pernambuco — 26.10.2007 09h44
Estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ocupam, na manhã desta sexta-feira (26), a Reitoria da instituição para ato em protesto contra o Plano de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, o Reuni. De acordo com a organização, cerca de 200 estudantes se encontram no local, em situação de conflito com a polícia. Um deles, ainda não identificado, foi preso. Protestos semelhantes ocorreram nas universidades federais de do Paraná (UFPR), Rio de Janeiro (UFRJ), Fluminense (UFF), São Paulo (UNIFESP) e Bahia (UFBA). …
Estudantes invadem reitoria da Universidade Federal de Pernambuco
da Agência Folha, em Recife — 26/10/2007 22h22
Cerca de cem estudantes invadiram nesta sexta-feira o prédio da reitoria da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), em Recife, para tentar impedir reunião do Conselho Universitário sobre o Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais). Houve confronto com seguranças e um aluno foi detido. …
27.10.07
Estudantes continuam acampados na reitoria da UFPE
JC Online — Recife — 27.10.2007 09h52
Já dura mais de 25 horas a ocupação dos estudantes na reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Zona Oeste do Recife. O grupo, formado por cerca de 100 alunos, realiza assembléia desde às 8h deste sábado (27) para discutir a pauta de reivindicação e próximo passo do movimento. De acordo com Thiago de Oliveira Santos, 22, que lidera o protesto e chegou a ser detido nessa sexta por desacato à autoridade, a noite foi tensa já que o grupo teria recebido ameaça de ser expulso do local pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar. …
fonte : http://movebr.wikidot.com/especiais:2007:out:ocupacao:ufpe
Comentários de nossa redação: Thiago de Oliveira Santos não é lider do OCUPA UFPE. O movimento de ocupação do prédio da Reitoria da UFPE busca ao máximo a horizontaliade. Todos os estudantes, que participem ou não do movimento tem direito a voz e voto; todas as propostas são votadas em assembléia, prevalecendo a vontade da maioria.
29/10/2007 08h50 UFPE
Estudantes queixam-se de falta de diálogo no Reuni
Os estudantes universitários continua nesta segunda-feira a ocupação da sede da reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), iniciada na última sexta-feira. O grupo, formado por cerca de 200 pessoas, resolveu aderir aos protestos nacionais contra o Plano de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), do Ministério da Educação (MEC) e montar acampamento no local. Enquanto isso, logo mais às 1h, o reitor da UFPE, professor Amaro Lins, deve anunciar o teor do projeto. Na reitoria, uma aluna, da comissão de comunicação do protesto, e que preferiu não se identificar, queixou-se da falta de diálogo: “Queremos uma conversa sobre a pauta do Reuni. Não houve diálogo entre a reitoria, os professores e estudantes. Queremos explicações e ver implementada alguma reivindicação nossa”, avaliou. Na última sexta-feira, durante a manifestação, o estudante de ciências sociais Tiago Pereira, de 20 anos, foi detido pela Polícia Federal por denúncias de desacato à autoridade e racismo. "Não podemos permitir a aprovação do Reuni sem haver diálogo com os alunos. Sem falar que não há previsão de ampliação no quadro de professores para sustentar a meta de aumentar o número de vagas na UFPE", explicou um dos líderes do movimento, o estudante Rafael Sena, do curso de história. Através de nota oficial, o reitor Amaro Lins informou que o Conselho Universitário já aprovou o projeto da UFPE que será incorporado ao Reuni. Segundo o texto, o Plano vai possibilitar a "melhoria da assistência estudantil com, por exemplo, a elevação do número de bolsas para os alunos carentes e construção de restaurante universitário nos campi do interior". Da Redação do PERNAMBUCO.COM, com informações do Diario de Pernambuco
Fonte: http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20071029085039&assunto=23&onde=1
reuni
PSTU, PSOL e PCR aparelham ocupação e estudantes independentes abandonam reitoria
Como já era esperado, já que nenhuma liderança forte estava na ocupação da reitoria, o PSTU, PSOL e o PCR aparelharam a ocupação da reitoria e muitos estudantes de grupos independentes abandonaram a ocupação.
Isso de certa forma era esperado, já que não existe vácuo de poder. Quando existe alguém toma. Essa conversa de movimento horizontal não existe.
Agora estarão reunidos com o reitor Amaro Lins, e receberão um “até logo” como resposta ao pedido de anulação da aprovação do REUNI na UFPE. Cada um com seu papel.
Já tínhamos alertado aqui sobre o que aconteceria. Depois de ter achincalhado a imprensa no sábado, e de acreditar que só quem dizia a verdade eram eles.
Tinham razão quando reclamaram que as manchetes dos jornais no sábado estavam distorcidas, mas perderam a razão na forma de reclamar.
Um fato interessante, que merece registro e um elogio.
Apesar da péssima comunicação com a imprensa, duas iniciativas interessantes foram adotadas: a criação de um blog, e uma rádio independente para se comunicar.
O único erro é achar que só isso resolve, e que a mídia é toda burguesa. Se quiser ganhar a opinião pública, precisa ampliar, e não restringir.
Autor: Pierre Lucena - 29/10/07 às 10:00
Fonte: http://acertodecontas.blog.br/atualidades/pstu-psol-e-pcr-aparelham-ocupao-e-estudantes-independentes-abandonam-reitoria/
Comentário de nossa Redação: o jorlista realizador desta matéria não está bem informado sobre o movimento. O OCUPA UFPE é também sim integrado as forças citadas acima, mas a grande maioria dos estudantes nem mesmo participam de coletivos com fins de eleições no campo estudantil.
reuni
Diretor do CCSA da UFPE pede a reitor que convoque Conselho para adiar envio de proposta do REUNI
Os estudantes que são contra o REUNI ganharam um aliado de peso para adiarem para o ano que vem a proposta a ser apresentada pelo MEC: o Diretor do CCSA, que foi candidato a reitor nas últimas eleições, e também membro do Conselho Universitário, Sérgio Alves.
Sérgio acaba de me encaminhar uma carta à Comunidade Acadêmica, em que pede ao reitor que evite o atropelo que o processo gerou, pedindo o adiamento, para maiores discussões.
Duvido que Amaro adie, mas de toda forma já passou a impressão de que tudo foi corrido e sem discussão.
Segue a carta aberta à Comunidade.
Carta aberta à comunidade da UFPE
Sérgio Alves, Diretor do CCSA
A UFPE aderiu ao Programa para a reestruturação e expansão das universidades federais (REUNI, Dec.nº.6.096/07), do Ministério da Educação, em conturbada reunião do conselho universitário. Na tumultuada manhã da última sexta-feira quando o colegiado superior da instituição deliberou favoravelmente sobre o projeto da UFPE que será incorporado ao REUNI, ocorreram protestos de estudantes, de técnicos administrativos e de professores.
Leia texto completo
Autor: Pierre Lucena - 29/10/2007 às 22:41
: COmissão de comunicação da reitoria ocupada da UFPE
Ocupar, Resistir, Transmitir FM 88,1MHz
Carta aberta à comunidade da UFPE
Sérgio Alves, Diretor do CCSA
A UFPE aderiu ao Programa para a reestruturação e expansão das universidades federais (REUNI, Dec.nº.6.096/07), do Ministério da Educação, em conturbada reunião do conselho universitário. Na tumultuada manhã da última sexta-feira quando o colegiado superior da instituição deliberou favoravelmente sobre o projeto da UFPE que será incorporado ao REUNI, ocorreram protestos de estudantes, de técnicos administrativos e de professores.
A reitoria foi ocupada por opositores ao REUNI, o que impediu a entrada dos conselheiros no auditório onde regularmente são realizadas as reuniões do conselho. Diante da situação o reitor decidiu, então, transferir a reunião para seu gabinete.
Enquanto os conselheiros deliberavam, um dos líderes do alunado foi detido por seguranças da UFPE e conduzido à polícia federal, sendo liberado algumas horas depois. A verdade é que as partes envolvidas se excederam, com os estudantes alegando truculência dos seguranças e estes alegando desacato à autoridade. De qualquer modo, poucas vezes foram vistas na UFPE tais transtornos, apesar da universidade já estar a bastante tempo vivenciando um tortuoso processo de transição entremeado por momentos de harmonia e dissenso, de desacordos e consensos.
É reconhecido que a universidade é uma instituição singular e de elevada complexidade, não comportando respostas fáceis e imediatas, prontas e acabadas para a sua indispensável reforma com a devida profundidade e abrangência. O anacrônico modelo universitário em vigor está à beira de um colapso. Nesse diagnóstico parece haver quase uma convergência de opiniões.
Contudo, o encaminhamento da reconstrução de uma universidade pública que se fundamente em um projeto de nação, requer grandes desafios a serem vencidos e difíceis obstáculos a serem superados, e que iniciativas segmentadas como o REUNI pouco contribuem para um avanço no debate sobre a universidade pública brasileira.
Vale dizer, espera-se uma maior clareza das principais entidades representativas da comunidade universitária nacional e do Ministério da Educação no sentido de delinear um modelo referencial que propicie a discussão não-fragmentada sobre a universidade que o Brasil requer. Afinal, até uma Constituição, a de 1988, teve o seu arcabouço preliminarmente consensuado para, em torno dele, viabilizar-se uma Carta Magna que conseguiu integrar posições contravenientes próprias da democracia.
O REUNI, que tem a pretensão de reestruturar e expandir as universidades federais foi pouco debatido pela comunidade da UFPE, posto que a sua discussão foi iniciada em setembro para ser votada em outubro, após reuniões dos conselhos departamentais dos centros acadêmicos. Não houve tempo hábil para o REUNI ser criticamente apreciado pelos plenos dos departamentos, pelos estudantes, pelo pessoal técnico-administrativo e pela grande maioria dos professores.
Por sua vez, a portaria interministerial nº22, que permite que a universidade proceda à reposição de vagas de docentes sem o crivo da burocracia brasiliense, representa um avanço, embora tímido, da gestão das instituições federais de ensino superior. Mas, se levado em conta o preconizado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), isso significa que não corresponderá a uma expansão do quadro de pessoal, visto que não estão previstos recursos financeiros adicionais, sequer para reajuste salarial da folha de pagamento dos servidores públicos no prazo de dez anos. Isso tudo é ainda agravado pela carência atual em torno de cinco mil professores, sem contar o pessoal técnico-administrativo.
O fato incontestável é que a universidade está hoje inexoravelmente enveredada em uma trilha cujo ponto de chegada ainda não nos é dado a conhecer. Urge, portanto, identificar-se o melhor caminho a ser por ela percorrido para responder aos legítimos anseios da sociedade brasileira. Atender as necessidades de educação superior do país, entretanto, não deve ser apenas responsabilidade do governo da vez, mas sim do Estado brasileiro orientado por uma política nacional com consistente perspectiva de longo prazo e com o compromisso de assegurar condições razoáveis para garantir o funcionamento eficiente de uma universidade pública com qualidade na pesquisa, no ensino e na extensão.
Oportuno salientar que isso passa por importantes questões relativas à gestão universitária e ainda não satisfatoriamente respondidas: como efetivar uma estrutura organizacional-administrativa e um plano de ação duradouro que favoreça o espírito inovador e que propicie a liberdade criativa indissociáveis da academia, com a existência de adequados mecanismos que avaliem o seu desempenho, em termos de sua contribuição à sociedade? Ou, como conquistar uma efetiva autonomia em que se tenha assegurado o seu caráter meritocrático, suprapartidário, laico e capaz de contribuir para a consolidação em nosso país de um desenvolvimento sustentável e com justiça social?
O REUNI prevê R$2 bilhões para investimento nas universidades federais nos próximos cinco anos. No contexto atual isso é considerável. A liberação desses recursos será feita em parcelas e dependerá do cumprimento dos objetivos estabelecidos no contrato de gestão (termo de compromisso). Mas como o programa limita os recursos à dotação orçamentária do Ministério da Educação – não sendo, por conseguinte, um compromisso de Estado – o que pode implicar em se interromper o financiamento previsto, mesmo que as metas estejam sendo cumpridas. De outra parte, as universidades que aderem ao REUNI receberão 20% (orçamento-base 2006) de incremento nos recursos para custeio. No entanto, para ter acesso a esses montantes, a universidade terá que assegurar a taxa surreal de 90% (o país com maior índice, o Japão, chega a 92%) dos alunos matriculados concluírem o curso, dentro do período de vigência do REUNI. Como atingir essa incrível meta sem a adoção de uma nefasta prática de aprovação automática? O REUNI também propõe um bizarro bacharelado, após três anos de curso, cujo diploma será um “certificado de generalista”.
Finalmente, tendo em vista as condições em que ocorreu a decisão, as suas conseqüências imediatas, o potencial de risco a elas associado, o nível de desinformação ainda existente sobre o assunto, as imperfeições contidas no REUNI e, principalmente, o fato objetivo de que o aprovado refere-se a um pré-projeto, conclamo o reitor e presidente do conselho universitário, Prof. Amaro Lins, para serenamente examinar a possibilidade de convocar o conselho universitário para deliberar sobre o adiamento do envio da proposta de participação da UFPE nesse programa para o próximo ano.
Com isso, ter-se-ia o tempo necessário para serem corrigidos pelo governo federal equívocos do programa; ter-se-ia o tempo necessário para aprofundar as discussões, no âmbito da UFPE; ter-se-ia o tempo necessário para melhor escolher quais novos cursos devem ser implementados e aqueles que carecem de expansão e/ou de atualização curricular; e ter-se-ia o tempo necessário para identificar com mais detalhes as demandas para recuperar/ampliar instalações e para adquirir/consertar equipamentos.
Tenho a convicção de que a mesma maioria da comunidade universitária que assegurou um segundo mandato ao Prof. Amaro Lins verá em seu gesto sensato a grandeza da prudência, própria de um dirigente à altura dos desafios postos à universidade brasileira.
Prof. Sérgio Alves – Diretor do CCSA, em 29/10/07.
Extraído do site: http://acertodecontas.blog.br/atualidades/diretor-do-ccsa-da-ufpe-pede-a-reitor-que-convoque-conselho-para-adiar-envio-de-proposta-do-reuni/
Movimento Ocupa UFPE: Ocupar, Resistir, Transmitir - FM 88,1MHz
Apoio dos associados da APAP
"Caros (as) Companheiros (as),
Recebam, em nome de todos os associados da APAP, o apoio e a solidariedade pela ocupação da Reitoria da UFPE, medida esta extrema tomada pela falta de diálogo com a cúpula administrativa. Essa é uma luta de resistência frente ao processo de desestruturação da universidade pública, através do projeto REUNI e outros mais que virão, nos quais estarão comprometidos o ensino, a pesquisa e a extensão, sem a contratação de pessoal e com o congelamento de recursos financeiros. Enfim, uma popularização atraleda a precarização do ensino superior, em todos os níveis.
Uma ignomínia à dgnidade do povo brasileiro!
Que todos permanençam unidos e decididos a manter a luta, apesar de todas as
adversidades existentes, nesse momento crucial da história das unversidades públicas federais.
Por uma universidade pública gratuita, democrática, laica e de qualidade!
Pela união de estudantes, funcionários e professores!
Saudações,
Antônio De Campos"
*Associação Pernambucana de Anistiados Políticos
Enviado via e-mail.
Movimento Ocupa UFPE: Ocupar, Resistir, Transmitir - FM 88,1MHz
Comentários
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Noite de Batucada
A noite de hoje foi noite de batucada. Após as reuniões diárias, os tambores de maracatu, em alguns momentos acompanhados de violão, deram o som a animar mais uma animada noite de ocupação.
Fim da batucada, Assembléia começa: momento de votar novas deliberações para os próximos dias.
Mais informações, sintonize a nossa rádio: FM 88.1MHZ (área de abrangência: Várzea, Engenho do Meio, Campus UFPE, Caxangá...)
Movimento Ocupa UFPE: Ocupar, Resistir, Transmitir - FM 88,1MHz
Dia de trabalho intenso
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Desmascarando o REUNI em 5 pontos
É de causar estranheza por que um programa como o REUNI, que visa a ampliação e maiores investimentos na UFPE tem causado reações tão adversas. Aqui vamos, resumidamente, ir além da superfície “bonita” do Programa, chegando as profundezas de sua verdadeira face.
1. O REUNI foi instituído por um decreto presidencial (decreto nº 6096), no qual afirma que o programa durará 5 anos, a contar do início de cada plano (art. 1º § 1º).
Sendo um decreto, a qualquer momento pode ser revogado, além disto, a UFPE aderindo ao plano para o ano que vem (2008), este irá até 2012, sendo que depois de 2010, é findo o governo atual, logo quais são as garantias de manutenção do REUNI que o futuro presidente, ainda desconhecido, nos dará? Uma política pública de longo prazo como a Educação, não poder ser gerida de forma tão instável.
Há duas situações que põe em risco a vinda do dinheiro: no mesmo artigo 3º, no §3º afirma-se que a liberação da verba é vinculada ao orçamento do MEC, que é feito todo ano. Como a liberação é gradual corre-se o risco de em determinado ano, o dinheiro não caber no orçamento do Ministério e não ser repassado. Convém relembrar que a conta de dois anos (2011 e 2012) fica para o próximo governo pagar. Por fim, segundo o artigo 6º os investimentos são liberados de acordo com o cumprimento das metas, caso o MEC julgue que em determinado ano a UFPE não cumpriu as metas a verba é cortada. Em ambos os casos, haverá todo um programa de expansão e centenas de estudantes extras, mas sem dinheiro para mantê-los com qualidade.
5. Finalmente existem duas portarias interministeriais (nº 22/2007 e 224/2007) que falam sobre os “professores equivalentes”, uma unidade de medida. Um P.E. é igual a um professor adjunto nível I 40h semanais. Criou-se para facilitar a contratação de professores, logo toda admissão de docentes se dará desta forma. Segundo a regulação 1 P.E. = 1,55 Prof. Dedicação Exclusiva com 40h semanais e 0,5 P.E. = 1 Prof, 20h semanais. Também se deve lembrar que a contratação de mais professores, acarreta a entrada de mais estudantes já que a relação de 18 alunos/professor deve ser mantida. Como a verba é fixa, é mais viável, financeiramente, a contratação de um professor 20h semanais do que um 40h dedicação exclusiva. O primeiro limita-se a dar aulas, o segundo faz ensino, pesquisa e extensão. Logo o maior número de professores em regime de 20h semanais conjuntamente com mais alunos sobrecarregará os professores em dedicação exclusiva, além de ameaçar o tripé constitucional ensino-pesquisa-extensão.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Um breve histórico e esclarecimentos
Partindo do campus, os estudantes, junto a servidores e professores, seguiram em marcha para Reitoria, onde o Conselho estava previsto para começar às 9h. Apesar do movimento contra o projeto, do debate insuficiente sobre as especificidades do mesmo, houve a aprovação do decreto do REUNI num Conselho Universitário sem quorum mínimo e, por isso, sem legitimidade. A partir dessa arbitrariedade cometida, os estudantes presentes ocuparam a Reitoria da UFPE, resultando num conflito que cuminou na agressão a estudantes e docentes.
Às 22h, aproximadamente, da sexta-feira (26/10), os ocupantes receberam uma ordem de reintegração de posse divulgada por uma Oficial de Justiça acompanhada de Policiais Federais, à paisana. No texto, a acessória jurídica da Reitoria alegava que os estudantes eram invasores e por isso deveriam evacuar o prédio em menos de vinte e quatro horas sob o risco de expulsão pela Polícia Federal junto ao Batalhão de Choque. O texto também citava a possibilidade de estudantes serem recolhidos às delegacias, fichados e indiciados criminalmente por descumprimento da determinação judicial. Porém, em reunião (27/10) – transmitida pela Radio Ocupa FM 88,1 MHz - com o Reitor, o mesmo voltou atrás e concordou em não só cancelar a reintegração de posse como marcou um reunião que irá acontecer hoje (29/10) às 15:30h, na reitoria.
A mobilização no prédio da Reitoria está bastante coesa: os estudantes debatem em assembléias – como a ocorrida hoje as 11h - atividades e rumos da ocupação. Está se tentando manter ao máximo o caráter horizontal nas diversas etapas do processo decisório.
Nosso movimento estabelece canais de comunicação próprios, através de ferramentas como a RádiO Ocupa UFPE FM 88,1MHz, o blog www.ocupaufpe.blogspot.com e o e-mail ocupaufpe@gmail.com . Canais que se encaixam numa proposta de Mídia Tática, formato deliberado em assembléia. Sendo assim, gostaríamos de esclarecer o movimento de ocupação da reitoria da UFPE não busca o isolamento referente a outros canais midiáticos. Trata-se de nossa estratégia de comunicação. Nela não aceitamos imposições das mídias corporativas que visem a desestruturação do nosso movimento.
Informe
Comunicaçao enviada à ASCOM
Caro(a)s integrantes da ASCOM,
Gostaríamos de solicitar que a coletiva marcada com o Magnífico Reitor Amaro Lins, segundo o informe enviado via e-mail, não seja realizada em seu gabinete.
O acordo firmado em Assembléia realizada no dia 27 de outubro de 2007 foi o de que seria permitida unicamente a entrada de funcionários da UFPE no prédio da reitoria.
Desta forma, seguindo os acordos firmados na mesma assembléia, a entrada de jornalistas não será permitida.
Gratos pela atenção e abertos ao dialogo,Movimento Ocupa-UFPE.
Coletiva com o Reitor - Amanhã, 29.
Galera vamos fazer nossa parte, Amaro já tá dando o primeiro passo pra instituir o REUNI, vamos comparecer nessa reunião, mostrar nosso lado, queremos o plebiscito.
Como foi dito ontem em reunião com o Reitor, a gente não pode discutir o processo depois de votar, queremos anulação do conselho e em seguida debate com a comunidade acadêmica.
domingo, 28 de outubro de 2007
Nota de esclarecimento
Comissão de comunicação da ocupação
AlémdaMidiaMédia
Estudantes, funcionários e advogados discutiam os encaminhamentos sobre a resistência e a negociação com reitor Amaro Lins, que se prontificou a receber uma comissão fora do espaço da ocupação. Em assembléia decidimos que não aceitaríamos ser representados por uma comissão alguma: somos a voz de um coletivo e assim o "magnífico reitor" prepare-se para a potência de um coro de muitos sons e múltiplos tons!
Primeira votação:
53 estudantes votaram a favor da cobertura pela imprensa pernambucana.
56 estudantes optaram pela mídia independente.
109 estudantes decidem democraticamente os meios e o e o perfil editorial das notícias geradas no espaço.
Decidimos fazer nossas mídias produzir e veicular a informação por nós mesmos gerada. Tornar pública as nossas idéias em forma e conteúdo próprio, em duração qualidade e textura particular, experimentar os nossos limites inventivos nas formas de se comunicar, para que deste modo possamos exprimir realmente nossas ânsias e desejos.
Essa postura, que assustou alguns jornalistas, blogueiros e fotógrafos em geral , que aqui se apresentaram interessados em (in)cubrir o evento político, já nasce justificada. É só olhar com cuidado as diversas manifestações de comunicação livre vitoriosas e duradouras em todo o mundo e perceber a opinião embasada que estes grupos tais com os indymedias as rádios e TVs livres tem em relação a mídia corporativa, a simples existência e sucesso deles são um exemplo prático dessa necessidade de uma outra mídia, e mais é sua própria reinvenção.
Cordel da Ocupação
Quem acha que o Brasil
É democrático se engana
A não ser democracia
De uma forma leviana
Na qual se sustente mal
E o governo Federal
Mostra sua face tirana
Com seus decretos de lei
Reafirma a imposição
Comunidade acadêmica
Vetada da discussão
É a prova que o governo
Não tá com boa intenção
E agora vem o REUNI
Com uma finalidade
Maquiar as estatísticas
Da nossa universidade
Que terá como resultados
O dobro de graduados
E uma pior qualidade
O REUNI tem como pretensão
A ambição da melhora sem gastar
Em cinco anos apenas aumentar
Em cem por cento as vagas na graduação
E pra noventa a taxa de conclusão
Vinte por cento é o aumento concedido
Para as verbas e isso não faz sentido
A saída é lutar até vencer
Para enfrentar essa arrogância do poder
O movimento estudantil está unido
A UFPE já se mostrou
Favorável através da reitoria
Que seguindo o caminho da tirania
A decisão de tudo centralizou
Um debate só se proporcionou
Em meio à insistência e a pressão
Na reitoria depois da ocupação
Que ficou devidamente registrada
A reunião do conselho adiada
E um passo dado pra sua revogação
Amaro Lins recuou
E o recado já foi dado
O movimento estudantil
Está bem determinado
Só vamos desocupar
Com o conselho revogado.
(Comissão de Poesia Popular do Movimento Estudantil)
Vídeo de estudante em apoio à ocupação
Somos capazes de fazer nossa própria mídia.
Faça você também a mídia da ocupação!
Tradução:
"Estudantes de todo o mundo. Através deste discurso, estou mandando uma mensagem para todos os meus camaradas internacionais para dizer-lhes sobre a situação que as Universidades Federais Brasileiras estão enfrentando hoje em dia. Estas universidades, aprovaram, de maneira não democrática e sobre estratégias burocráticas, um projeto chamado REUNI. Este projeto coloca as universidades federais em uma circunstância bastante negativa. Portanto, ontem, no dia 26 de outubro de 2007, meus colegas, ao protestarem contra esta decisão não democrática, invadiram a reitoria. Agora meus amigos estão sob a ameaça de serem expulsos por força policial. Se isto acontecer, é possível que eles sofram violência desnecessária e que alguns sejam presos.
Este evento esta acontecendo em muitas das Universidades federais do país. O governo federal está nos obrigando, através da coerção e de manobras, a aceitar o projeto. Estamos lutando por nossos direitos democráticos, e para termos nossa voz escutada pelas autoridades legais. É incomum, no Brazil, desenvolver discussões sobre sobre qualquer tema e pedir a opinião de estudantes . Este breve discurso, tem a intenção de deixar a comunidade mundial de estudantes ciente do que está acontecendo no brazil. Pedimos por vossa solidariedade e apoio político. Por favor, espalhem este vídeo em suas mídias locais, clubes e partidos. Este é um protesto em nome de todos os estudantes que estão na reitoria da universidade federal de Pernambuco."
sábado, 27 de outubro de 2007
Relatório da reunião com o reitor
Os estudantes haviam decidido em assembléia que as decisões seriam tomadas coletivamente. Por volta das 12:30 Amaro compareceu à reitoria, dado que nenhum estudante se dispôs a sair da ocupação. Um estudante leu uma carta que demonstrava as reivindicações e narrava todo o processo de mobilização ocorrida ontem.
Logo após houve um debate que ocorreu de forma ampla e democrática. O reitor se comportou de forma evasiva, fugindo quando lhe foi conveniente dos questionamentos levantados pelos estudantes e, mantendo uma postura defensiva, não atendeu à principal pauta do movimento estudantil: a revogação do REUNI.
Segundo o reitor, o Reuni foi aprovado para a UFPE, mas posteriormente (daqui a cerca de uma semana) haverá discussões com a comunidade acadêmica para tratar de assuntos correspondentes à implementação do programa.
Foi garantido aos estudantes que a reitoria não será desapropriada e não haverá nenhuma forma de repressão por parte da polícia. Os estudantes também garantiram que a reitoria terá o funcionamento normal.
O reitor propôs uma reunião para segunda-feira dia 29 às 15:00 horas, porém insistiu em dialogar apenas com uma comissão. A assembléia estudantil se posicionará a respeito dessa proposta.E a ocupação continua...
Xuxa Ocupa!!!!
Ocupação da Reitoria: Em resposta à imprensa.
As informações divulgadas hoje, dia 27 de outubro, pelos jornais de maior circulação do Recife, deturpam ou, no mínimo, abordam de forma superficial, o objetivo e as pautas de reivindicação dos/as estudantes que neste momento ocupam a Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Segundo estes jornais, os/as estudantes são contra a expansão de vagas nas Universidades Federais, deturpando o real objetivo do Movimento Estudantil: Nós somos contra o aumento de vagas nas instituições públicas, sem a garantia de um financiamento possa interromper o atual processo de desestruturação e desmantelo da nossa universidade.
Neste sentido, cabe reforçar o real problema que enfrentamos hoje na UFPE, e que é o motivo de nossa reivindicação: Nossas Universidades, escolas e todo o sistema educacional, historicamente, nunca foi tratado como prioridade pelo Estado. Diante disso, em protesto a atual condição de descaso com a educação, somos contra o REUNI.
REUNI
Desde o governo Lula a Reforma Universitária vem causando várias polêmicas. As discordâncias acerca de tal projeto são numerosas, o que de certa vem atrapalhando a intenção do Governo em implementar uma política de mudança nas estruturas das Universidades Federais.
Tais polêmicas obrigaram o Governo a buscar novas formas de atender seus interesses no campo da Reforma Universitária: o REUNI pode ser entendido como uma das táticas de impor mudanças no ensino sem a necessidade de discussão, o que se deu via decreto.
Por que ocupamos a Reitoria da UFPE?
Assim como o Governo Federal, o Reitor da UFPE não criou espaços para o debate sobre o REUNI. A comunidade acadêmica, como um todo, não foi consultada sobre a concordância ou não com o projeto.
Entendemos que um projeto de reestruturação das universidades deve ocorrer mediante amplas discussões em que alunos, servidores e professores tenham direito opinar sobre tais mudanças.
Motivados pela falta de democracia, no que diz respeito aprovação do REUNI, ocorrida no dia 26 de outubro de 2007 no Conselho Universitário (sem nem mesmo ter quorum mínimo), o Movimento Estudantil da UFPE decidiu barrar as aprovações de tal conselho, via ocupação da reitoria, e propor um plebiscito para que tod@S da UFPE tenham oportunidade de opinar sobre a implementação do REUNI.
Nossas pautas de reivindicação:
1 – Contra a implantação do plano de reestruturação das universidades federais (REUNI) na UFPE. Pela realização de um plebiscito com toda comunidade acadêmica acerca do tema.
2- Contra o projeto de lei 7.200 da reforma universitária do governo Lula.
3- Pela revogação das medidas provisórias em vigor, parte da reforma universitária, como o do PROUNI, da lei de inovação tecnológica e do decreto das fundações de apoio.
4 – Pela reabertura do restaurante universitário (RU)da UFPE a preço popular. Que a reitoria apresente desde já a data de conclusão das obras e a proposta do preço.
5 – Pela retirada imediata das catracas do campus da UFPE já que elas inviabilizam a acessibilidade de estudantes com bicicletas e portadores de deficiência física.
6 – Contra qualquer atitude repressora por parte da guarda patrimonial já que eles são responsáveis pela segurança da estrutura física da universidade, e não dos estudantes.
7 – Pelo fim do convênio da UFPE com a polícia militar. Pela não circulação da ROCAM no campus e a contratação de novos seguranças patrimoniais.
TRANSMISSÃO AO VIVO DA ASSEMBLEIA COM REITOR
Escutem ao vivo a transmissão da assembléia com o Reitor.
É só sintonizar o rádio na FM 88.1mhz
Extra, extra!
Dia 27/10/2007 às 11:45.
Pauta de reivindicações dos estudantes ocupantes da reitoria da UFPE
1 – Contra a implantação do plano de reestruturação das universidades federais (REUNI) na UFPE. Pela realização de um plebiscito com toda comunidade acadêmica acerca do tema.
2- Contra o projeto de lei 7.200 da reforma universitária do governo Lula.
3- Pela revogação das medidas provisórias em vigor, parte da reforma universitária, como o do PROUNI, da lei de inovação tecnológica e do decreto das fundações de apoio.
4 – Pela reabertura do restaurante universitário (RU)da UFPE a preço popular. Que a reitoria apresente desde já a data de conclusão das obras e a proposta do preço.
5 – Pela retirada imediata das catracas do campus da UFPE já que elas inviabilizam a acessibilidade de estudantes com bicicletas e portadores de deficiência física.
6 – Contra qualquer atitude repressora por parte da guarda patrimonial já que eles são responsáveis pela segurança da estrutura física da universidade, e não dos estudantes.
7 – Pelo fim do convênio da UFPE com a polícia militar. Pela não circulação da ROCAM no campus e a contratação de novos seguranças patrimoniais.
Mais um dia de Amaro..
A reitoria comunicou que na manha de hoje o reitor Amaro Lins estará participando de uma assembleia em conjunto com os estudantes para discutir os rumos da ocupação e colocar suas propostas frente a pauta de reinvidicações dos estudadntes.
É importante ser colocado que a visita do ilustre reitor antecede em apenas três horas o prazo máximo colocado no documento de reitegração de posse, que inclui entre outras coisas a justificativa do recurso da força,leia-se entrada da tropa de choque, contra os estudantes caso o predio não venha a ser desocupado.
Resta esperar as cenas que estão por vir já sabendo da politica recorrente do reitor de escoilher as soluções pouco legitimas e democráticas.
Ocupamos;
Este é o único veiculo no qual será publicada a real opinião dos ocupantes.
As demais fontes relacionadas a midia corporativa foram consideradas intransigentes e parciais estando portanto dispensadas de qualquer colaboração.
Comissão de Comunicação da Reitoria ocupada.
Ocupação da Reitoria da UFPE contra o REUNI
Desdobraram-se assim, os cabeças da reitoria para que na surdina do desconhecimento estudantil e do esvaziamento dos movimentos sindicais se delibera-se o decreto às 11 horas da já citada sexta-feira. Por terra caíram seus anseios de passar o decreto sob absoluta tranquilidade, as várias tendências do movimento estudantil se uniram sob o objetivo comum de refrear essa reforma afilhada do banco mundial e mobilizaram cerca de 200 alunos, que munidos uns de alfaias outros de apitos, envolveram-se em uníssono as palavras de ordem e formaram em um só corpo piquetes na entrada do teatro onde foi votado o reuni. O conselho deu-se de forma tão absurda quanto o processo que o gerou e que levou até ele, pois tendo este 70 componentes, o quórum devia contar com a presença de 30 deles para a legitimação da assembléia. Apenas 23 compareceram, adentrando no teatro por um entrada secreta para despistar os estudantes que concentravam-se na entrada principal. Sob astutas tramóias burocráticas pouco ou nada convincentes, a assembléia deu continuidade ao procedimento de votação onde 20 conselheiros votaram a favor do decreto, 2 contra e um absteve-se. Os estudantes que desde o início foram excluídos do processo de adoção do REUNI, se viram sob a opção unilateral de forjar elos democráticos dificultando a utilização física da reitoria para seus fins comuns sob a forma de ocupação, fazendo do hall da instituição auditório e dos corredores dormitórios. Depois da adoção do estado de ocupação, o trânsito de estudantes tornou-se mais intenso e ocorreram diversas discussões e assembléias estudantis acerca da ocupação e das diretrizes do movimento, onde foi definida a permanência até o momento em que os estudantes tivessem assegurada a sua participação no processo de discussão das diretrizes político-deliberativas da universidade, como é o caso do REUNI.
Às 22 horas do corrido dia, o movimento de ocupação foi comunicado por uma oficial de justiça sobre o pedido de reintegração de posse por parte da reitoria até as 12 horas do dia vindouro, ameaçando, caso descomprimento do prazo, atuação do batalhão de choque e uso de força física.
Fronte tal conjutura, o movimento conseguiu entrar em comunicação com o reitor Amaro Lins e marcar assembléia na própria reitoria às 9 horas, três antes do prazo a ser expirado, aonde negociará a permanência sob o esteio das reinvindicações do movimento.
Sob essa ameaça real de embate com a tropa de choque é necessário que todos os indivíduos que se preocupem com os rumos da educação publica do Brasil estejam presentes e dispostos à luta na reitoria pela manhã, para engrossar a massa dos que não se curvam às imposições do governo neo-liberal do presidente Lula.